tag:blogger.com,1999:blog-106604788042764512024-03-21T16:45:09.190-03:00CINEMATÓGRAFO XXIO cinema visto com os olhos de um novo séculoAndressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-13398837019347309262007-12-08T09:59:00.000-03:002008-12-11T13:25:55.965-03:00Bagdad café<div align="justify"><em>Esse texto foi produzido para a matéria Crítica Cinematográfica. Infelizmente o professor definiu que a crítica deveria ser estruturalista: missão bem difícil quando se trata de um filme tão belo e emocional como Bagdad Café.</em><br /><br /></div><div align="justify"><em></em></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5141593958990971090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtp_RlLXrMO26vLzl_HJ8oSGu_37m8BlGvtq428rlsbup953VSTUC9B55fHcXkZ-ZOumc2_n_OlyzvuPGrxWoOROd411MEXerU1D97sPZVGnVF-hFMPLDauvD12SBuyuiw9mFz22WwswI/s320/bagda.jpg" border="0" /> <p align="justify">Bagdad Café, do diretor Percy Adlon, é um clássico do cinema europeu que, apesar de datar de 1987, é atual e, me arriscaria a dizer, atemporal. Com um roteiro que mescla simplicidade e surrealismo, conta a história de Jasmim, uma mulher que abandona o marido após discussão e encontra no meio da estrada uma espécie de lanchonete, posto de gasolina e hospedaria que levam o nome do filme.<br /><br /></p><div align="justify">A estranha, que inicialmente é alvo da personalidade forte de Brenda, dona do bar, conquista espaço aos poucos e acaba levando alegria e mágica ao ambiente, antes austero, do Bagdad Café.<br />Logo no início da trama, chamam a atenção as câmeras posicionadas de maneira irregular que dão a sensação de desequilíbrio e conflito durante a briga de Jasmin com o marido. Já os closes são utilizados em diversos momentos da película, destacando objetos dos mais inusitados, principalmente as peças chamativas e ostensivas dos figurinos das personagens- como colares, botas e fivelas. </div><p align="justify">Há também cenas de estilo surreal e, logo, de difícil interpretação, deixando margem para questionamentos acerca da veracidade de alguns momentos da história. O diretor utiliza, por exemplo, por diversas vezes a imagem de um rapaz jogando um bumerangue. É provavelmente uma metáfora sobre a vida, que pode gerar múltiplas interpretações, mas pode também ser encarada pelo espectador simplesmente como um momento de pura beleza do filme. </p><div align="justify">A trilha sonora merece destaque. Explora principalmente a música “Calling You”- indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, uma espécie de lamúria melancólica e profunda que reflete perfeitamente o clima de solidão do deserto e das personagens de Bagdá Café. Todas as vezes que o filho de Brenda tenta quebrar esse clima com uma canção alegre ao piano, a mulher o impede de tocar, deixando a sensação de que não há espaço pra sentimentos harmoniosos naquele lugar. Mas é com “Brenda, Brenda” que o filme encontra seu ápice tanto na trilha sonora, quanto no enredo. A animada canção é executada em uma espécie de musical dentro da trama e soa como a resposta para as transformações realizadas por Jasmin na vida de todos que freqüentam o local, mas principalmente na vida de Brenda. </div><div align="justify"><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5141594465797112034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzED3DkRd9EHdGdYXAObKeT7_65s1jyFnkRoma4FOBXzquvOflmAV4GLI7f2jvkIzlj0v97GOG59eOm9N5h5j8xTqA8J85qcmA-y7BNQ0BVcgtzuOCvM0yDY1sQT37xwbAvKooSyjIA3E/s400/Bagdad11.jpg" border="0" /><br /><div align="justify">No entanto, são nas interpretações que o filme encontra sustento do início ao fim. Marianne Sägebrecht confere uma humanidade tão grande à Jasmin que fica difícil definir o que exatamente nos cativa nela. Já CCH Pounder faz uma Brenda na medida: que sabe irritar de tão rude e gritona, mostra vergonha ao reconhecer os deslizes (como toda pessoa grosseira que se preze) e se transforma em outra quando se depara com a felicidade.<br /></div><br /><div align="justify">Um filme simples, tocante e para se refletir sobre o efeito que as pessoas causam em nossas vidas e sobre que efeito causamos nelas. </div><br /><div align="justify">Vídeo pra quem já assistiu matar as saudades!</div><div align="justify"><a href="http://uk.youtube.com/watch?v=wHFK2mTDd3M">http://uk.youtube.com/watch?v=wHFK2mTDd3M</a></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-41290853246627110212007-11-19T10:57:00.000-03:002008-12-11T13:25:56.562-03:00Mostra Cinema Conquista 2007Uma vez por ano a minha cidade natal, Vitória da Conquista, que coincidentemente é a <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoYPdMhZLhU_3N-DbFif4Dj91b8XUYFoDxRv_79Orvp2YOYQnkMpzOKNvedxe0zQaljzhyphenhyphen4DgTpgF3GopJ5Hm5EMuN3L5pv4BPHGmUjbE03dMEfrA1wSvfNPmHtbg4vZ8AImMzJUE4R0o/s1600-h/1193422341_mostracinema.jpg"></a>terra do mestre do Cinema Novo, Glauber Rocha, dá a seus moradores uma oportunidade de vivenciar o cinema por uma semana inteira.<br /><br /><div><div><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ghI0MyDk_s2Qv2jrC8uY1kPM0YS8wo9WXXrAaxSFJrGi1j6kf9lB18oSX-tf-HUYpcYDo51iD52t5gDpdOnIDTtCJ450-xxf5oi7-orwAjeJ-vSO7sH1q4wVmcDadsHnOnaSnFmmaAc/s1600-h/1193422341_mostracinema.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5134554033202438194" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 429px; CURSOR: hand; HEIGHT: 145px" height="161" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ghI0MyDk_s2Qv2jrC8uY1kPM0YS8wo9WXXrAaxSFJrGi1j6kf9lB18oSX-tf-HUYpcYDo51iD52t5gDpdOnIDTtCJ450-xxf5oi7-orwAjeJ-vSO7sH1q4wVmcDadsHnOnaSnFmmaAc/s320/1193422341_mostracinema.bmp" width="320" border="0" /></a>Ironicamente, a terra de Glauber só <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw_T03rtC1oEBg_7JJJ46Fq2oau54FFYEus8AW002WNWm1WfF9FpCQ4fFXPgFMxXe0VrNe1P2zNU0-kRwn6kBBh8qVgTVXEa6qzbmws_mFMcBUKu80YqTu6KhK4vpjWuBz8Em0WI0VrCU/s1600-h/1193422341_mostracinema.jpg"></a>tem um cinema, com três salas, nas quais são exibidos filmes dos mais comerciais que se possa imaginar e, graças à lei, alguns deles são brasileiros. De toda a programação da mostra – pela primeira vez composta apenas por filmes brasileiros!-, apenas dois filmes passaram pelos cinemas daqui: O ano em que meus pais saíram de férias e Saneamento básico.<br /><br />Além das produções de outros estados, que às vezes nem às locadoras chegam, teremos contato também com curtas e vídeos baianos, aos quais temos menos acesso ainda.</div><br /><div align="justify"><strong>------------------------------------------------------------------------------------------------</strong></div><div align="justify"><strong>Eu me Lembro (2006)</strong></div><div align="justify">Dir: Edgard Navarro</div><div align="justify"> </div><div align="justify">A mostra teve início com o longa Eu me Lembro, do diretor baiano Edgard Navarro.<br /></div><div align="justify">Relato autobiográfico de três décadas (50, 60 e 70) da vida do diretor, o filme é baseado em memórias e explora as sensações que acompanharam Navarro ao longo de sua infância e juventude.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX-K8NfAI45knSdC6OWokG2H4vuBbOIsn4MPhJutN_JTein4irBt1ZX8e3ewVPHtfciEFDqnfochvUCqAXY7Mv9fTQUuw41SqHNYepZW3Z5wblw0B9bCUBHtxc16sk0s2asTLGC2-pEeU/s1600-h/eu-me-lembro02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5134556550053273682" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX-K8NfAI45knSdC6OWokG2H4vuBbOIsn4MPhJutN_JTein4irBt1ZX8e3ewVPHtfciEFDqnfochvUCqAXY7Mv9fTQUuw41SqHNYepZW3Z5wblw0B9bCUBHtxc16sk0s2asTLGC2-pEeU/s200/eu-me-lembro02.jpg" border="0" /></a>A história se inicia com a visão infantil do personagem “Guiga” sobre o mundo. Neste momento tudo é fantasioso, assistido por frestas de janelas, causa espanto e é nessa fase que o garoto se percebe pela primeira vez no mundo. São aqueles flashes de memória que todos temos da época de criança e que, por mais irrelevantes que possam parecer, marcam a nossa mente de verdade.<br /></div><br /><div align="justify">Na segunda fase, já com onze anos, o menino começa a entender suas relações familiares- sempre marcadas pela forte religiosidade de seus pais- e a descobrir sua sexualidade, fator esse exploradíssimo no filme, de modo a chocar os expectadores mais desavisados (como eu).<br /><br />Por fim, já nos anos 70, o jovem se depara com a eclosão do movimento hippie, encontrando nas drogas sua nova fonte de descobertas. É também nesse período que Guiga é levado a mergulhar no seu passado e em tudo que influenciou sua vida até aquele momento.<br /><br />A produção agrada pela simplicidade das situações vividas pelo garoto e a forma humana como ele as encara. Tais aspectos criam uma grande identificação com o público, principalmente com os que viveram essa época.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3s_ScvNPMhXE0epGuvcZ7gyW6nyuXiDVrAHwjb08PEBC7p7Wmz_F3jhcCGID0YJx50PsZDwYC69P4afGhKNqIr4DzklIkHhJskUSI5zwenp4Y0cwBCjbLAL0Rdt6zaT1xMd8Rlro5dGY/s1600-h/navarro.jpg"></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg70RFaMhyXIuZXZF-uWM9xUO5TnHMV8QbFOMtG72dnPqtBd0bkdNbwlIjxlS8U1axXxe0otoyCVbxHLv8RiVI7Cqo6uEvIrTvBkc30SmY92wvjII9JcQLIWhiMBO1buN2oGeNNcD_Wl-U/s1600-h/PIC_1747.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5134588689293549698" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg70RFaMhyXIuZXZF-uWM9xUO5TnHMV8QbFOMtG72dnPqtBd0bkdNbwlIjxlS8U1axXxe0otoyCVbxHLv8RiVI7Cqo6uEvIrTvBkc30SmY92wvjII9JcQLIWhiMBO1buN2oGeNNcD_Wl-U/s200/PIC_1747.JPG" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2JvcrDU7kwxPJWyY7PORTIzl9ZgphYVaV4yJ-wGk3YsatCS0dTvumAoHYreDAVkYSplumiRSSEcrjfY0zNRUoq4DaNILwKmuwqV-rsWO6LfzZspt9tbnuHUJHdwuR1x_bB-g3M1vKuwo/s1600-h/navarro.jpg"></a></div><div align="justify">Edgard Navarro, que esteve presente na mostra, revelou em seus gestos e palavras o motivo de o filme ter cenas tão fortes e escancaradas. Ele é um cineasta inquieto, que não segue padrões e adora romper qualquer cerimônia.<br /><br />Foi uma abertura à altura das expectativas!</div></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-91213784416255422282007-11-14T20:53:00.000-03:002008-12-11T13:25:57.287-03:00Maravilha do "velho" cinema...<strong>Carta de uma desconhecida (Letter from an Unknown Woman, 1948)</strong><br /><div><div><div>Dir: Max Ophüls<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKLLaLyz4zgTAnNeCXqKo5miEV40zZYPLAWDEjeGZB5X8VskaQq4ngHt93DwwOc_q12Jd9hm1kowd4wFzwCj_k1UhUqasf0KmXJ1vVxhUJkw5BveCPvSDe1jYu0PZcheLU_sCgdI7TTQQ/s1600-h/5estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132851789778164722" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKLLaLyz4zgTAnNeCXqKo5miEV40zZYPLAWDEjeGZB5X8VskaQq4ngHt93DwwOc_q12Jd9hm1kowd4wFzwCj_k1UhUqasf0KmXJ1vVxhUJkw5BveCPvSDe1jYu0PZcheLU_sCgdI7TTQQ/s400/5estrelas.jpg" border="0" /></a></div><div><br /><br /><br /><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVE74QXKhC5HLcd3TzO8B5-3SyqHbBvQncM27A2_qHuKf8wrrWeh_Nm9c_sQR3yp20fGO4tAThnIbvPWIr5xkM2KBwB8nQAZUJd-NkJ0GBLg4OLxo_sqLRyozDzXK627Gp3aP9SOPpuX0/s1600-h/carta01.jpg"></a><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKTkD-K1PPDv2VXv72aA4FMRm0i5bukBIuGIhwdSuHuESFcv3R_oWy0_VjzJIODCoL15odT87m7yeJozaQrnZQ37FG-FBcUicbVpB3hBfXSo5YsGZfnjUJX8PgbSxsyUb11u7hs1AJkJ0/s1600-h/carta01.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132886593754144738" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKTkD-K1PPDv2VXv72aA4FMRm0i5bukBIuGIhwdSuHuESFcv3R_oWy0_VjzJIODCoL15odT87m7yeJozaQrnZQ37FG-FBcUicbVpB3hBfXSo5YsGZfnjUJX8PgbSxsyUb11u7hs1AJkJ0/s200/carta01.jpg" border="0" /></a>Carta de uma desconhecida, do diretor Max Olphüs , desperta nos amantes do cinema, no mínimo, uma grande nostalgia do que já foi o cinema. O cinema dos grandes clássicos, dos filmes que faziam chorar sem romantismo barato e histórias adolescentes e que levavam o público a se levantar das poltronas para aplaudir.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O filme se desenrola a partir de uma carta recebida pelo pianista Stefan Brand (Louis Jourdan), na qual Lisa (Joan Fontaine) conta uma história de amor que desperta em Stefan várias memórias. A partir de então, somos levados por um flashback no qual Lisa, narradora e protagonista, nos conduz pelos detalhes de sua paixão e nos torna confidentes e plenos conhecedores dos fatos e sentimentos envolvidos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">O romantismo é tão explorado e as situações encaradas por ela são de um amor tão entregue que, de fato, ficamos extasiados e passamos a compartilhar de todas as sensações de Lisa. Desde a vontade de que o amor se concretize, até o ódio nos momentos em que se revelam as fraquezas de Stefan – com o diferencial de que ela o perdoa sempre mais rápido do que nós que assistimos.</div><div align="justify"><br />A verdade é que, contada sob a perspectiva de Lisa – ilusões e sentimentos dela – a narrativa se torna uma arma nas mãos da personagem, que se aproveita da condição de “dona da história” para cativar o expectador e o faz muito bem! Analisando friamente, sem toda a euforia que nos envolve no momento “pós-filme”, é tão nobre assim que uma mulher passe por cima de tudo, todos e de si mesma por um amor?<br /></div><div align="justify"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA9MYyNg6B-OOyvx_hFAA5ybYyjbnipGZj0tqbAGuKJukHlxmYIaNgZahx8jvJih9180rNW_8rJg3h2CSw5piynFZXbclq3Q3uT6luXvAsz-WYZ-lMkUsMoOtqy12GsVpOl0GjkLTteEo/s1600-h/Carta_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132884235817099202" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA9MYyNg6B-OOyvx_hFAA5ybYyjbnipGZj0tqbAGuKJukHlxmYIaNgZahx8jvJih9180rNW_8rJg3h2CSw5piynFZXbclq3Q3uT6luXvAsz-WYZ-lMkUsMoOtqy12GsVpOl0GjkLTteEo/s320/Carta_1.jpg" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2w_fYdCM7fq5WzkBsNSpXMbTH6yCa2VVqNoCmk1ea6p7Hll60BQey0hzPI4madLezrc21e0F-GeDlWzMkz06Uldxgf-H5QsfeIsCUlZSjXTj-qTbzhZXpOq-FOT7cZfc9mGkKhLQhYyQ/s1600-h/Carta_2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132884317421477842" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2w_fYdCM7fq5WzkBsNSpXMbTH6yCa2VVqNoCmk1ea6p7Hll60BQey0hzPI4madLezrc21e0F-GeDlWzMkz06Uldxgf-H5QsfeIsCUlZSjXTj-qTbzhZXpOq-FOT7cZfc9mGkKhLQhYyQ/s320/Carta_2.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div><div align="justify">Lisa nos convence que sim e seu amor justifica pra ela e pra nós – cúmplices e apoiadores da história- qualquer atitude. Queremos forçar Stefan a olhar pra Lisa como se o sentimento dela fosse tão grande que o obrigasse a perceber e corresponder, mas o preceito básico de um sentimento de verdade não seria justamente não gerar obrigações? </div><div align="justify"><br />Por fim, a carta que, à primeira vista é meramente um obj<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZrPJPSv4UEuSdIoICSugczvPXHUXHRLHci5OWIkmnZFx17fH9ecb2jOApmPqOBAhnQdRc19DUA8Jp_fIRqIl1vQ5YhBbRuYrvZz8SfRN09RWNaUWtBSQvtXY7sy2Gsn7YxHT_ixI5k08/s1600-h/Carta_1.jpg"></a>eto de despedida, pode ser interpretada também como meio usado por Lisa para enfim conseguir a atenção que Stefan não dispensou a ela durante todo o tempo. A carta foi uma idéia romântica, sim, mas também inteligente, já que ele a partir dali teria duas escolhas: sofrer de remorso pela lembrança do que significou pra ela ou morrer como forma de redenção. O desfecho não deixa certezas, mas fica a sensação de que ao menos uma vez o amor de Lisa valeu à pena.</div><div align="justify"><br />O filme é lindo, tocante, cinema de verdade e o fato de Lisa ter me enganado tão bem o deixou ainda mais interessante e bem feito. Palmas para Max Ophüls! Uma bela obra do cinema. </div></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-80813410201184843332007-10-30T18:03:00.000-03:002008-12-11T13:25:58.106-03:00"O Céu Sobre Berlim"<strong>Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin, 1987) </strong><br /><div><div><div><div><div align="justify">Dir: Wim Wenders<br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVJ4iynpd8ATinfqAh50NfhNkqu-FA72aOP4i-h_KGkMPOJQt_TuVLxg2Q500-DQNtazuBR_aN10KRXMVQrFcO9SH0ClhOrHqUt_hGWVXQur1bqZlvfsncjEprOh_zuzTL91-ISdl-TI8/s1600-h/5estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5127243119842635202" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVJ4iynpd8ATinfqAh50NfhNkqu-FA72aOP4i-h_KGkMPOJQt_TuVLxg2Q500-DQNtazuBR_aN10KRXMVQrFcO9SH0ClhOrHqUt_hGWVXQur1bqZlvfsncjEprOh_zuzTL91-ISdl-TI8/s320/5estrelas.jpg" border="0" /></a></div></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVJ4iynpd8ATinfqAh50NfhNkqu-FA72aOP4i-h_KGkMPOJQt_TuVLxg2Q500-DQNtazuBR_aN10KRXMVQrFcO9SH0ClhOrHqUt_hGWVXQur1bqZlvfsncjEprOh_zuzTL91-ISdl-TI8/s1600-h/5estrelas.jpg"></a></div><div></div><div><br /></div><div></div><div></div><div align="justify"><br /><em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYbF_9lofS0cSE4whEaHoxMAchYym3w_YCN-OYu6RnCKqAcaCT3qu5vse2W9COZTxKJhBOgWswzv_HnR4oEVo66C9BBNTvTrcpqf2r4HwkQmDfTjHy03ZzPF0IExzyhrj1v_wuu02HdxU/s1600-h/asas-do-desejo05.jpg"></a><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5127259526617706050" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 269px; CURSOR: hand; HEIGHT: 268px" height="248" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibSrU_oGaJw-ra0Sq8U3952tj8_HbtCtcmxiiOghy0tYUoasd5tQDjGxLLRO9ocTUkwIP2y-G4XwSMnQmy8YI5oeohR4wcihVmEkqqDgKwpcRm0gjtMAXZxwedTHW8XQxYNDNY6QgiNOE/s320/asas-do-desejo05.jpg" width="286" border="0" />Cidade dos Anjos</em> é um exemplo de filme que se enquadra no quesito comercial, tem seus defeitos, mas sempre me tocou. Tive, entretanto, a chance de assistir <em>Asas do Desejo</em>, filme que originou <em>Cidade dos Anjos</em>, e que boa surpresa! É uma belíssima obra, sensível, profunda e supera seu sucessor em todos os aspectos.<br /><br />Desde a primeira cena somos levados a mergulhar nos pensamentos de diversas pessoas, o que inicialmente pode ser tedioso, mas que com o tempo se revela uma grande arma de reflexão do filme. Às vezes os pensamentos são tão densos que me vi pausando o filme pra pensar um pouco mais sobre o que tinha acabado de ver. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">A fotografia é maravilhosa e o jogo realizado entre o preto-e-branco e o colorido é um grande trunfo utilizado para dar dimensões diferentes à vida de um anjo – eterna, mas sem cor - e a dos seres humanos – finita e cheia de problemas, mas com sensações inegavelmente coloridas. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">A história de amor, que em <em>Cidade dos Anjos</em> parece ser o único elemento da hist<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIsGGrUppXhWQbH4Vu_nmmOHKMieYZuA_uNCU8ws_y7u9jvXqThTIB-lFOjwzDMEYnm3DvtjwY22MBtIOttmdBOIeBxeZHjmyQRIGwZQJK-xt1PZX64bmZPUVMS5STbWC_pATHt0X3gac/s1600-h/asas-do-desejo08t.jpg"></a>ória, aqui é trabalhada de forma mais sutil e intercalada com vários momentos dos anjos que acompanham os pensamentos das pessoas. Destacam-se os pensamentos de um senhor bem idoso chamado Homero, que todo o tempo desabafa a impossibilidade de contar suas histórias, já que agora todos preferem lê-las – homenagem clara ao Homero grego. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">É também Homero que, dentro e fora da biblioteca onde <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin3gOeF2Ew1LpRldLPJOmKLe0B_uSzCTPPTL-jggEnVBdAvPy1L21bteOmVJZKJ0EMf2Zbsf1bqfwcI4vyF8PztvfBjVszBQUa0sJFS5maRRj4tr0Zc3qrnDp3u_gR79UrbjzQAMHZclI/s1600-h/asas-do-desejo03t.jpg"></a>se passam vári<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQB6WVpsMi4KceyFiS0BQj4aMk1JqBwyXiueKH4GVJGL5i4FRlby_ysl8dhtoGa17gyLqfyxUCtW3QTPwO6khTg8aSNOcVajRCrsnZuBMYeMguV-_6LCabSoAZwy-NWIIz9FMrFbKKpBY/s1600-h/asas-do-desejo08t.jpg"></a>os momentos do filme, faz reflexões acerca de Berlim, cidade onde se passa a história. A cidade, fortemente atingida por ter sido palco da Segunda Guerra, é mais um dos ricos temas desenvolvidos na película. Em algumas cenas, inclusive, são exibidas partes de documentários que retratam a guerra e a Berlim pós-guerra. Mais um elemento que ao encontrou espaço na adaptação hollywoodiana. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O amor impossível se torna apenas uma metáfora uma vez que, através da escolha feita pelo anjo entre a imortalidade e a humanidade, Wenders desenvolve a principal temática do filme: o conflito humano. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">É triste ver como <em>Cidade dos Anjos</em> não captou a essência de <em>Asas do Desejo</em>... Após ver <em>Asas do Desejo</em>, a única forma de pensar em <em>Cidade dos Anjos</em> como menos que um desastre é encará-los como filmes completamente independentes. Se é que isso é possível. </div><div><br /></div><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5127291648678112882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 406px; CURSOR: hand; HEIGHT: 244px; TEXT-ALIGN: center" height="244" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ47jUSFrO6nyPF-4H-3fIoBI-9ImlPF0Rwb5jUFNktyrimncbAY1vc-V65MGG45zjrXoL5b9jDk64fvYHSxft6095wLByehZwfRg3Kv5HWEPpdujsy4GhUUu2L8INh4fP83UZ4XrPIhA/s400/asas.jpg" width="391" border="0" /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1CD0GJ53yp9Y74cSjSfSqFaaytpY-ZoBUdfQiDAM7xWRDdaf22vsL-2ExbaAHyazTllPWU0NS2wGx5eTNmIHsfLdtCCVEdzh1ZQ2wDCX5hPEB1WU0pGJZ8Xa7chCC64eRQy-AlyS7a_g/s1600-h/asas.jpg"></a></div></div></div></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-44698129107156652007-10-19T17:25:00.000-03:002008-12-11T13:25:58.565-03:00Lendo...<strong>Os cineastas (2002)</strong><br />Roberto D'Avila<br />Editora: Bom Texto<br /><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnt7cEUfLGjt4R6hWCeV0b_rqDTEEMYMZCqpHEpxcbnNyPToa47AfKl71RH-7HNyXwhVDtojqpkIH-pIVQp-1S4qfPoeYY8mtnFlDROvEeBDaQWUPuOICNui5fsh3Eq4I1jK572ChRfAQ/s1600-h/livro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5123159607421421474" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnt7cEUfLGjt4R6hWCeV0b_rqDTEEMYMZCqpHEpxcbnNyPToa47AfKl71RH-7HNyXwhVDtojqpkIH-pIVQp-1S4qfPoeYY8mtnFlDROvEeBDaQWUPuOICNui5fsh3Eq4I1jK572ChRfAQ/s400/livro.jpg" border="0" /></a>Seja por gosto, seja por uma razão cultural, ou até mesmo pela dificuldade de acesso, nos acostumamos a conhecer de forma mais aprofundada o trabalho dos cineastas de qualquer lugar do mundo que não o Brasil.</div><div align="justify"><br />O cinema brasileiro vem passando por um processo de afirmação e isso, de fato, é muito positivo. Entretanto, há aqueles que já marcaram a história e que não podem ser esquecidos, mesmo que produzam (ou tenham produzido) filmes de qualidade questionável.<br /><br />Por isso me interessei pelo livro<em> Os cineastas,</em> no qual Roberto D'Avila entrevista Nelson Pereira, Cacá Diegues, Bruno Barreto, Zelito Viana, Hugo Carvana e Walter Salles. Além das entrevistas, há uma breve biografia de cada um, assim como suas filmografias, fotos dos bastidores e de cenas dos filmes. </div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>PS: Obrigada pelo livro meu bem...</em></div><div align="justify"><em></em></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-61997064077833523662007-10-15T10:55:00.000-03:002008-12-11T13:25:59.410-03:00Uma novela a menos, um filme a mais<em>De volta depois de semanas de computador quebrado e 4 dias de viagem...</em><br /><strong></strong><br /><strong>O Primo Basílio</strong> (Idem, 2007)<br />Dir: Daniel Filho <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfFIFRYwwBLJAwzQ7UE1NPzRiE1PlAq63alBL5IzJb3nMLvhjAFP69Mmp_dZEpO0epcQVo9vaamR5e2WfaVtKdP9RNxU_yeHEPa2aQquy0En1NKGxX1SNK_kkeUiLPuC7_MmmlaiWgE0E/s1600-h/3estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121596643052603202" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfFIFRYwwBLJAwzQ7UE1NPzRiE1PlAq63alBL5IzJb3nMLvhjAFP69Mmp_dZEpO0epcQVo9vaamR5e2WfaVtKdP9RNxU_yeHEPa2aQquy0En1NKGxX1SNK_kkeUiLPuC7_MmmlaiWgE0E/s320/3estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em> </div><div align="justify"><em>O Primo Basílio</em> foi uma grata surpresa. Apesar de ter trazido poucas novidades em sua construção, Daniel Filho conseguiu realizar a difícil tarefa de dar um ar de filme a uma das produções Globais. Tal comentário deve soar absurdo aos que ainda não tiveram a chance de assistir a película e se deparam com um elenco mais que novelesco: Fábio Assunção, Débora Falabella e Reinaldo Gianechinni. </div><div align="justify"><br />A força da narrativa está, entretanto, numa atriz ainda não citada. Glória Pires dá um show de interpretação e faz uma vilã livre de tipos, que incomoda pela situação em que se encontra e não por ser uma pessoa maquiavélica, como costumam ser os “melhores” vilões.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0jUzMUXpQfYnMwV9SGqnV8YL2meGXm5en4OPabPV930ZuSyelyvIZfmaphSLzWz3bCFB5z_cxzBeClX7gOy3nr-pQlC99cmH7EFKaR1HI1mpuc3glLF7pVlCeRqUgW-bXmgyVc9sgml4/s1600-h/primo-basilio08.jpg"></a><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121563619049064242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWJGb_N-3Aom6Jb2-wJgbvudEZSimCM3e1MF5US_oVBmf1RQnd6_ZYp3W7RHWgvv2XUYoH1QfQ0OkkoE_BnMjoiaTcKl2NJCbPh1m6_yDtgsIQNFsPZNXCrh_Lxv7YRGzEKUnKg56-v5Q/s320/primo-basilio08.jpg" border="0" /><br /><div align="justify">A adaptação, de forma geral, é fiel à obra de Eça de Queiroz, mas não há dúvidas de que todo o lirismo se perde na passagem para a telona. Uma das partes mais prejudicadas é o final, que parece ser jogado de qualquer jeito, apenas para que o filme possa terminar, não transmitindo sequer um pouco de emoção – efeito causado também pela fraca atuação de Gianechini que não atrai nenhuma simpatia para sua personagem, quem dirá pena.<br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"> </div><div align="justify">As cenas de sexo não me agradaram, principalmente pela falta de envolvimento afetivo das personagens. É claro que o desejo está presente no adultério, mas a personagem Luísa é marcada, sobretudo, por um romantismo cego e exacerbado que definitivamente não foi revelado nessas cenas.<br /></div><div align="justify">Os efeitos de câmera estão lá, mas parecem gratuitos, o que pra mim soa ridículo e uma tentativa desesperada de dar movimento ao filme. </div><br /><div align="justify">Tropeções à parte, <em>O Primo Basílio</em> superou as minhas expectativas, mesmo porque elas eram baixas. Continuarei não sendo fã do trabalho de Daniel Filho, que sempre me pareceu um cineasta intermediário, mas um pouco de superação não faz mal a ninguém. </div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-80738691776926379462007-09-20T14:49:00.000-03:002008-12-11T13:26:00.030-03:00Déjà vu<strong><span style="font-size:130%;">Paranóia</span> </strong>(Disturbia, 2007)<br />D.J. Caruso<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir7bOjhQUj3lFB_GtR0dO9hbNXIwnb5Q0UM5EE4ivy50sgCCJ2RNmF10amYJcNLw2h7KNNlZQYLiltR89Rf8E4tFHkhb-DDKYDyrovNcptDoL9eCv0oCbo4tE-XGDBnSV3LAJ27bcMLvk/s1600-h/2+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112347835191347234" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir7bOjhQUj3lFB_GtR0dO9hbNXIwnb5Q0UM5EE4ivy50sgCCJ2RNmF10amYJcNLw2h7KNNlZQYLiltR89Rf8E4tFHkhb-DDKYDyrovNcptDoL9eCv0oCbo4tE-XGDBnSV3LAJ27bcMLvk/s400/2+estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUatFdg-O0MTeHwkfx3DrOI719r_1MTrcS43E6ghuJiM-pERPpPDBxYMUiNpx_LIALSixJ_x2iLj3_fszvjO3V2oCRq3NptSS0oSk1V5HBXRLvyUiKCVaqFq3gPSDp99ccZuaMrnEUx9g/s1600-h/paranoia02.jpg"></a><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFuRvEo6mqEx3tE_uwW9muRdKP0QmJGFFjtlMo1IpZq7wA8A3S5RrN7kiAuWEMpWGsi3_p9jZF5DXQ1W60u-c7USqHBgXZiTGnJSvJSAv55cwoBV5O869id78EKEUrMzMbu2FYhkdouSY/s1600-h/paranoia02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112349278300358722" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 399px; CURSOR: hand; HEIGHT: 209px" height="209" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFuRvEo6mqEx3tE_uwW9muRdKP0QmJGFFjtlMo1IpZq7wA8A3S5RrN7kiAuWEMpWGsi3_p9jZF5DXQ1W60u-c7USqHBgXZiTGnJSvJSAv55cwoBV5O869id78EKEUrMzMbu2FYhkdouSY/s320/paranoia02.jpg" width="499" border="0" /></a>Não...não vou falar do recente filme protagonizado pelo Denzel Washington. Vamos lá: Personagem central em casa, com binóculos, espiando vizinhos, descobrindo os podres deles... Se o maravilhoso clássico Janela Indiscreta veio à sua cabeça, pode desistir. O de já vu pára por aí, pois o novo thriller <em>Paranóia</em> não vai longe na tentativa de transformar uma janela indiscreta numa fonte convincente de suspense.<br /><br />O filme narra a historia de Kale (Shia LaBeouf), um garoto que, traumatizado pela violenta morte do pai, é submetido à prisão domiciliar após agredir um professor. Limitado e entediado, ele passa a bisbilhotar pelas janelas a vida da vizinhança. Começa então a relacionar uma série de assassinatos veiculados pela mídia a um de seus vizinhos e, com a ajuda dos amigos, faz de tudo para solucionar o caso.<br /><br />A questão é que não se cria um ambiente de suspense desde o início da história. Ao contrário, pelo menos meia hora (mas deve ter sido muito mais) se direciona à ambientação da personagem principal – que não é complexa o suficiente para ser tão explorada-, o que cria uma sensação inquietante de “nada acontece”.<br /><br />A atmosfera que reina é a de um filme adolescente que arranca, sim, alguns sustos (ocasionados principalmente pelas musiquinhas sinistras seguidas de um baque), mas que definitivamente não supera as expectativas e ainda tem o azar de ser sucessor de um filme tão bom do mestre do terror.<br /><br />Shia LaBeouf é super simpático e realmente parece estar no caminho certo para brilhar sob os holofotes de Hollywood. Não fosse ele, nem o romancezinho do filme empolgaria o público. Carrie Anne Moss? Acaba sendo talento inexplorado nesse tipo de película.<br /><br />Pode ser duro ou precipitado demais, mas minha aposta é que veremos Paranóia na Tela Quente daqui a alguns anos. </div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-41655023041092823782007-09-17T10:09:00.000-03:002008-12-11T13:26:00.375-03:00Foi maravilhoso enquanto durou<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKixgMWgsNKjczCQxf-MF-AVnBoX_v95J7gh1JEgdRACWa1g5my6KqpTn3pmEjyMiqqROVJs9veTUZT57bdhsOdQhpGVTjS_P-y1oigCLgkdCkrQpcgy9ih0reRpya_342xsyUJDkzY3A/s1600-h/rafa+e+dd.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5111163229386008018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKixgMWgsNKjczCQxf-MF-AVnBoX_v95J7gh1JEgdRACWa1g5my6KqpTn3pmEjyMiqqROVJs9veTUZT57bdhsOdQhpGVTjS_P-y1oigCLgkdCkrQpcgy9ih0reRpya_342xsyUJDkzY3A/s400/rafa+e+dd.bmp" border="0" /></a> Bem, depois de mais de 6 meses juntos, nós, Rafael e Andressa, resolvemos nos separar. Mas acalmem-se, a separação foi amistosa! Na realidade, estávamos precisando de um espaço reservado para que cada um escrevesse à sua forma e em seu tempo.<br /><br />A experiência de colocarmos nossa opinião sobre algo que nos agrada tanto quanto o cinema foi extremamente gratificante e positiva. Motivo pelo qual continuaremos fazendo o mesmo, só que em espaços distintos. E claro, continuamos contando com a participação de todos vocês que tantos nos apoiaram e nos alegraram com seus comentários e visitas. Sem sombra de dúvidas, era (e ainda é) o que nos motiva a estar sempre escrevendo.<br /><br />Na separação de bens, o Cinematógrafo XXI fica nas mãos de Andressa, enquanto que Rafael passa agora a escrever num espaço novo, o Moviola Digital - <a href="http://www.movioladigital.blogspot.com/">http://www.movioladigital.blogspot.com/</a> .Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-61684321113495987372007-09-11T11:43:00.000-03:002008-12-11T13:26:00.754-03:00O futuro ao HOMEM pertence<strong><span style="font-size:130%;">Filhos da Esperança</span></strong> (Children of Men, 2006)<br />Dir: Alfonso Cuarón<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7i4Z0BjMXHnd-DJ0RSEokH-ZFLUVen5pCcnXaPnJmOKJD_Ua-0J6WrQqbfsyXw9jPutIkVn36sR4HbAZAe4lch_FcaPbVGvHBOfKE43d6wk1Ise8P-mDAJTQBnCxUcN8dnZp1qt0oD_E/s1600-h/estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108957949205330434" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7i4Z0BjMXHnd-DJ0RSEokH-ZFLUVen5pCcnXaPnJmOKJD_Ua-0J6WrQqbfsyXw9jPutIkVn36sR4HbAZAe4lch_FcaPbVGvHBOfKE43d6wk1Ise8P-mDAJTQBnCxUcN8dnZp1qt0oD_E/s320/estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div><div><div align="justify">Sempre que assistia a filmes futuristas, com todas aquelas máquinas e supertecnologia, me perguntava: “será que ninguém entende? Não vai ser desse jeito!”.<br /><br />Na minha singela percepção de mundo, enxergava um futuro de pura violência, dominação cultural e racial, fome, desgraça e, no meio disso tudo, uma tecnologia que, mesmo avançada, não passaria de um tiro n’água ante toda a conturbação social gerada pelo homem. </div><br /><div align="justify"><em>Filhos da Esperança</em> vem exatamente desmistific<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-qxxA42Y1vebP_fouwy5Lz__5qi1MXJGK_v8E0wJcAqjC8rJPrHsZ71kOfcoHzMlv-mcUjMjhOiLCCGfNi8BbzMgu9HXCnAmgSff53ft8qEGfw6TSuWp0ps-RSze7i_Tp9RUr-GYX7Zc/s1600-h/childrenofmen_17.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108969949343955554" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-qxxA42Y1vebP_fouwy5Lz__5qi1MXJGK_v8E0wJcAqjC8rJPrHsZ71kOfcoHzMlv-mcUjMjhOiLCCGfNi8BbzMgu9HXCnAmgSff53ft8qEGfw6TSuWp0ps-RSze7i_Tp9RUr-GYX7Zc/s320/childrenofmen_17.jpg" border="0" /></a>ar a noção floreada de um futuro próspero proveniente da evolução tecnológica. O mais interessante é que a forma encontrada para tal não foi apenas a fome, doenças ou falta de fontes de energia, o que seria mais comum, e sim todos esses problemas culminando numa estrutura social caótica que gerou um problema jamais imaginado: a impossibilidade de reprodução. À primeira vista pode soar surreal demais, mas funciona no mínimo como uma primorosa metáfora do que pode acontecer se o homem mantiver o atual ritmo e “qualidade” de sua evolução na Terra.<br /><br />O filme é magnífico em todos os aspectos. Além de trazer uma narrativa interessantíssima e bem contextualizada, guiada através da personagem de Clive Owen (que está impecável no papel), apresenta recursos técnicos de tirar o fôlego, desde os incríveis planos-sequência, até a fotografia e ambientação sombrias que nos transmitem perfeitamente o clima de destruição e angústia presentes na Londres de 2027.</div><br /><div align="justify">Além de um filme para rever, fica a reflexão de onde toda a ganância do homem pode chegar. </div><br /><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Postado por Andressa Cangussú</span></div></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-12499989031313590822007-08-31T22:57:00.000-03:002008-12-11T13:26:01.137-03:00A serviço de uma pátria<div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong>O Bom Pastor</strong> (The Good Shepherd, EUA, 2006)<br />Dir: Robert De Niro</span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIQTi82WuAp4tmGH4wI86Dkg8XAW9ygIBUTOMiqeF_lvtmAI-csQP-FSv633FxNlYYdOieHbqgLY-T6havQZJsWmKmqwfZ1OvQxwbIxYBdz2KqYpofCd7dtZUtT5qWOB72HmdlmpmwzA/s1600-h/4+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5105051234067986930" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIQTi82WuAp4tmGH4wI86Dkg8XAW9ygIBUTOMiqeF_lvtmAI-csQP-FSv633FxNlYYdOieHbqgLY-T6havQZJsWmKmqwfZ1OvQxwbIxYBdz2KqYpofCd7dtZUtT5qWOB72HmdlmpmwzA/s320/4+estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5105051066564262370" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDy1HbtB3GV_ucuyzLW0iCA-Il2dkituFCOUhhCmMkQnT9XSf2q_de1amPRcuCSsdwV2oNnICcmpU3kmmiBcOaFRhgqeaCggzBAo6zNJ-wtbaLk9JkOE4sUihanyXLnYjNmSOQ_iRFFjM/s320/pastor+1.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Com <em>Desafio no Bronx</em>, de 1993, Robert De Niro estréia na direção com o pé direito, embora o resultado tenha sido apenas mediano. Mas somente 13 anos depois ele volta a trabalhar atrás das câmeras e pelas qualidades de <em>O Bom Pastor</em>, o tempo lhe fez muito bem. Seu segundo filme conta com uma produção bem melhor é bastante audacioso: focar as três primeiras décadas do surgimento da CIA que acompanhamos através da entrada do agente Edward Wilson (Matt Damon, ótimo) na corporação.<br /><br />O filme já começa no ano de 1961 quando a CIA investiga os motivos para o fracasso da ocupação de Cuba durante a famosa invasão da Baía dos Porcos; tudo indica que há um espião dentro da própria organização. Mas aí o filme se utiliza de constantes flashbacks para, duas décadas antes, mostrar o surgimento da CIA, o entrada de Edward e o treinamento deste no Serviço de Inteligência inglês durante a Segunda Grande Guerra.<br /><br />Desde o início, somos testemunhas do sacrifício com que o protagonista assume o seu perigoso e ultra-secreto ofício em detrimento de sua família e de sua própria felicidade. Somos apresentados a um personagem que raramente ri e cheio de dilemas morais, sempre envolvendo a relação com aqueles que estão mais próximos. Sua mulher (Angelina Jolie) mal o conhece e sua relação com o filho é de distanciamento.<br /><br />Vale ressaltar aqui a excelente reconstrução de época com uma direção de arte primorosa (única indicação no último Oscar). Pena que o filme se estenda por um tempo muito longo, o que pode cansar o espectador. É preciso muita atenção para não deixar passar os mínimos detalhes que ajudam a desenvolver a narrativa. Depois dessa ótima experiência, espera-se que De Niro continue assim, tão bom atrás das câmeras quanto o é na frente delas.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-20142471464362299852007-08-27T22:16:00.000-03:002008-12-11T13:26:01.550-03:00"Um filme ousa ser feio"<strong>Os Simpsons –</strong> O Filme (The Simpsons Movie, 2007)<br />Dir: David Silverman<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbttEg0Xk41Oho2fGDCnKSCYOTTbV2w0pkas6slIDrP95nrpiQxiGQlXFC8QzI33TLF1OUst3pltQj51zDtEkvHvt_OedbSIgTYhLwtWOzLTtVGGTH9wk_jVNEc_DTthSwoRlgSiHqW1Q/s1600-h/4+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103558097277467058" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbttEg0Xk41Oho2fGDCnKSCYOTTbV2w0pkas6slIDrP95nrpiQxiGQlXFC8QzI33TLF1OUst3pltQj51zDtEkvHvt_OedbSIgTYhLwtWOzLTtVGGTH9wk_jVNEc_DTthSwoRlgSiHqW1Q/s320/4+estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify">A primeira sensação dos admiradores da série ao se sentarem na poltrona do cinema certamente é de medo, afinal adaptações sempre são arriscadas e ver Os Simpsons na lista das mal sucedidas seria realmente uma pena. Bem...Respiremos aliviados! Os Simpsons - o filme supera as expectativas e cativa por manter a linha irreverente e irônica da série original. </div><div align="justify"><br /></div><p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103558389335243218" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_IyTRkb3CpYNqu2tRl1nJP1U_Uz-5zjZf_CVo_6idpJ3nt5ZertI5j745utiU1E0VtnmJwqFX7h8LNkMTgjRZ1uAqkwTZwuqWj3IikmMkipVSJs-JBuNwcPGee2j6BMKbnX8gRyScfI0/s320/simpsons08.jpg" border="0" /><br />O enredo é envolvente e mantém as críticas afiadas como de costume. Logo no começo, Hommer despeja um contundente discurso sobre a obrigação de ir à missa, questionando a necessidade de fazê-lo e confrontando ao mesmo tempo as religiões e o puritanismo da sociedade americana – excelente! -, sem contar o comentário sobre a Bíblia: “Esse livro não tem nenhuma resposta”.</p><p> O governo não fica de fora e é atacado durante todo o filme, sendo acusado de tomar decisões aleatórias e que não levam em consideração a situação das pessoas envolvidas (impossível não remeter à realidade dos iraquianos). O meio ambiente também teve seu destaque: interessantíssima a provação enfrentada por Hommer – rosquinhas de graça ou fazer a coisa certa pelo meio-ambiente? – Mais uma vez uma espetada no governo e em cada cidadão que ignora os avisos (como Hommer fez com as placas) do perigo da poluição.<br /><br />Assuntos sérios à parte, as risadas são garantidas e se mantém por todo o filme. Como não citar o “Porco-aranha” e a cena em que Bart anda de Skate nu pela cidade enquanto vários obstáculos nos impedem de vê-lo “por completo”?<br /><br />Enfim, se você quiser cometer a idiotice de pagar pra ver o que pode ver de graça em casa, vale à pena!<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf6pPRyzRZamh0aaYXhP0XMXTeu8SgduIL8biuvXsUoM6fwsqSlXrC8Z26bDoyn-d3t_yaR1qY5MBuvHrb89MZLyffU0ZFPL8pPPW41OiBduEGRmWuxzAP_XGZwlW5vIfw9pJgaBIKEuU/s1600-h/simpsons08.jpg"></a><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Por Andressa Cangussú</span></p>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-35775704321925572722007-08-21T13:08:00.000-03:002008-12-11T13:26:02.759-03:00Matança<div align="justify"><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Histórias de serial killer baseadas em fatos reais são muito comuns no cinema e por isso acabam se tornando repetitivas. Isso se os realizadores não forem competentes o suficiente para contarem suas histórias de forma criativa. Bons exemplos são o novo filme de David Fincher e o trabalho que deu visibilidade ao realizador sul-coreano Bong Joon-ho. <em>Zodíaco</em> e <em>Memórias de um Assassino</em>, cada qual a sua maneira, possuem vários aspectos em comum, mas é o estilo de seus diretores que garantem a qualidade das produções.<br /><br /><strong>Zodíaco</strong> (Zodiac, EUA, 2007)<br />Dir: David Fincher</span><span style="font-family:georgia;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivMTLPRLsyxMVEsS1RrQ0-joyYyiiZ-3I5aaVOS7EtCO0_j-qzv76Mw3OT2njkH3GBIY91RFXH-edI83g7eIxnjheEOc8KeKb_3o7_qo7BXwRs-iMBUup_GzUMf_V6wbRfTXwc96YKa9M/s1600-h/5+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5101191441448351954" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivMTLPRLsyxMVEsS1RrQ0-joyYyiiZ-3I5aaVOS7EtCO0_j-qzv76Mw3OT2njkH3GBIY91RFXH-edI83g7eIxnjheEOc8KeKb_3o7_qo7BXwRs-iMBUup_GzUMf_V6wbRfTXwc96YKa9M/s200/5+estrelas.jpg" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvlu3qHXuKv7spmgHU4Vpg4WxtOytaxI_8hsxJEYGillwuRphbeOoTpi2QMOHrgQeFK5aNk4FCEL9WfDreabNyf5bo5hs6eUckj5DxnqyDQ7P3WJNOnwFYXB9s_30h7_F0GqJkOYfq2yI/s1600-h/zodiaco+4.jpg"></a></span></div><br /><br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5101193279694354706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg78XyQ6DBMtDLlYzfeAHkcSowx3bSP28kSMZH0FnbeHSjngToBfZTxPmPHpCWEEQie9tAOLmc2RkYjgS2Q_aK-Wc-7skNPr221xLUfbo5aEhBq8MLb1kwmEbf8VloDSL0UyMFAOYr3W9w/s320/zodiaco+4.jpg" border="0" /> <span style="font-family:georgia;">São poucos os filmes de quase três horas de duração que conseguem manter um mesmo ritmo e o espectador atento. <em>Zodíaco</em> é um desses trabalhos graças a um esforço conjunto. David Fincher, sem maneirismos ou exageros, constrói com muito controle uma narrativa sóbria sobre a investigação do assassino serial auto-intitulado Zodíaco e que tirou o sono da polícia (e da população) de San Francisco, nos EUA, por mais de três décadas. O criminoso faz o tipo ousado que avisa a polícia de cada assassinato cometido além das mensagens cifradas enviadas aos jornais.<br /><br />Tudo no filme funciona bem. O roteiro é excelente, se constrói sob o ponto de vista da investigação e exige atenção máxima, pois é ágil e possui toques de humor inteligente para quebrar o clima pesado. Todo o elenco, sem precisar de um protagonista, está impecável, com destaque para o sempre louco Robert Downey Jr. (embora goste muito do Marc Ruffalo no filme também). Além disso, o filme conta com uma edição precisa e linear, uma trilha sonora agradável e reconstituição de época invejável através de uma direção de arte afiada. Com certeza, um dos melhores filmes do ano.<br /><br /><strong>Memórias de um Assassino</strong> (Salinui Chueok, Coréia do Sul, 2003)<br />Dir: Bong Joon-ho </span><span style="font-family:georgia;"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx4NuSoRHJj5QA9PtfhOp9GCqCqvS0AXuyDQq9medNKspZLRGASwvaLsd_1SGjwot7jYGjGB7XR3y3gVKphCntZjXyW3FWzptDWFZXRnSAzihyQ30IyojqP3oqjo0DP_BCaSmOtWRIxdk/s1600-h/4+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5101191084966066354" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx4NuSoRHJj5QA9PtfhOp9GCqCqvS0AXuyDQq9medNKspZLRGASwvaLsd_1SGjwot7jYGjGB7XR3y3gVKphCntZjXyW3FWzptDWFZXRnSAzihyQ30IyojqP3oqjo0DP_BCaSmOtWRIxdk/s200/4+estrelas.jpg" border="0" /></a> </span><br /><span style="font-family:georgia;"><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5101193576047098162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrTvl9n21I4qtp1yWOtupNOKy4LWQsh5Btx_Wk4ngCsiWpnKx5Jv5mKOsijx_1coN8-HVkdTdwgSI4rQXr0zEwfFzNNMQghX6LR-NNnQhrhTEk9HnZnaOsvngnxWjUYbUikVBpA_M-tT8/s320/memorias+de+um+assassino+3.jpg" border="0" /> <p></p>O tema é sério. Mulheres estão sendo assassinadas brutalmente numa cidadezinha do interior da Coréia do Sul. Começa, então, a caça ao responsável e somos surpreendidos por uma dupla de policiais desajeitados à frente do caso. No início, o filme possui um tom de chacota e humor (são hilárias as cenas da sauna e do operário de calcinha). Mas à medida que a história transcorre, a situação ganha a seriedade necessária e o filme se torna mais sombrio.<br /><br />Bong Joon-ho, como já mostrou no seu ótimo <em>O Hospedeiro</em>, tem um olhar excepcional para composição de cenas, mas sem ser esquemático. Seus enquadramentos dão a impressão de que cada coisa vista na tela está em seu devido lugar. Ele tem total controle sobre o filme que também é um pouco longo, mas flui que é uma beleza. O mistério em volta da identidade do assassino nos deixa cada vez mais apreensivos culminando com um final que pode desagradar a alguns. Ao fim, o desenvolvimento da história vale mais que a solução do mistério.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span> </div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-37513152307740418152007-08-16T21:25:00.000-03:002008-12-11T13:26:04.160-03:00Pura poesia em cena<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Inicialmente gostaria de me desculpar por ter passado tanto tempo afastada do blog. A razão da minha ausência foi ter ocupado o meu tempo disponível estudando para um concurso. Senti muita falta e estou de volta!<br /><br />Desculpas também pelo tamanho do texto abaixo! Ele foi reduzido de 4 a 2 páginas, mas continua grande. Para os que tiverem paciência: espero que gostem!</span></div><div align="justify"><br /><strong>Lavoura Arcaica</strong> (Idem, 2001)</div><div align="justify">Dir: Luiz Fernando Carvalho<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIz0E5eSBdJfz_ecDUwQ0WOOEFAuPi3nD05MFEQbK0QahS494fcM_JgoziPIt74RQGaH9uvqwiupRbybDiRq6tW4y2PWRMwu47j08VVKuLtmDvIj7EYuph2q6V7UXyzfj3D_guGv6ksZg/s1600-h/5+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5099459994102446146" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIz0E5eSBdJfz_ecDUwQ0WOOEFAuPi3nD05MFEQbK0QahS494fcM_JgoziPIt74RQGaH9uvqwiupRbybDiRq6tW4y2PWRMwu47j08VVKuLtmDvIj7EYuph2q6V7UXyzfj3D_guGv6ksZg/s200/5+estrelas.jpg" border="0" /></a> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1ZjOrnFxrA7s7qnOcL41ofdfqb1ViRSgZF4QIkhIjaDauOfvXJOyik5EWHoTLJtzAUH3WGd-CQMldJL3t3HhzyAvqu8upGVBAFLxDsHjFPKChupFOn6Ou5SL4C_V9SKmkxniPQT0uhAk/s1600-h/lavoura+1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5099471066528135250" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1ZjOrnFxrA7s7qnOcL41ofdfqb1ViRSgZF4QIkhIjaDauOfvXJOyik5EWHoTLJtzAUH3WGd-CQMldJL3t3HhzyAvqu8upGVBAFLxDsHjFPKChupFOn6Ou5SL4C_V9SKmkxniPQT0uhAk/s200/lavoura+1.jpg" border="0" /></a>Lavoura Arcaica, adaptação do livro de mesmo nome de Raduan Nassar, conta a história de André, um dos cinco filhos de uma família libanesa que vive no Brasil. Tendo crescido em uma fazenda bucólica e imersa em costumes que justificam o título do filme, André se vê atormentado por sentimentos que contrariam todas as noções que lhe foram transmitidas por seu rígido pai. Realiza então a fuga que virá a definir os rumos de toda a família.<br /><br />Pedro, o irmão mais velho do protagonista, é incumbido da missão de tentar trazer André de volta ao lar. A partir de então, se depara com o relato sofrido e violento do irmão mais novo que descarrega todas as suas angústias e segredos, desmontando diante de Pedro a imagem de uma família unida e imaculada que seu Pai lutara em construir.<br /><br />É através da narrativa poética e verborrágica de André que o espectador mergulha no passado do personagem, pelos momentos da infância e adolescência na fazenda, e entende seus atos e sensações do presente. Nesse aspecto a montagem do filme foi tão bem trabalhada que faz com que as narrativas lentas de cada período sejam intercaladas de modo a não ficarem cansativas e prenderem a atenção todo o tempo.<br /><br />Sentado sempre à cabeceira da mesa, o pai, personagem de Raul Cortez, reunia durante as refeições a mulher e filhos num ritual de submissão no qual lhes ensinava lições de sabedoria. Essa cena se repete várias vezes ao longo do filme e nas várias fases dos personagens, constituindo para André o grande elemento de hipocrisia de seu pai.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH1ZOTHJ8LvHX5r0qs2qiway2Cp6YGbzAhSKbwzlch_APy1OnJ-JcQWF0rJqjFWhtpeyI3WNYOlhM4u0GDHwAlIiu6rAE61pTEVWY8gGFURk8tIdSYSz0esEC605Z1SvoO3UubyGSofHM/s1600-h/lavoura+4.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5099475451689744514" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH1ZOTHJ8LvHX5r0qs2qiway2Cp6YGbzAhSKbwzlch_APy1OnJ-JcQWF0rJqjFWhtpeyI3WNYOlhM4u0GDHwAlIiu6rAE61pTEVWY8gGFURk8tIdSYSz0esEC605Z1SvoO3UubyGSofHM/s200/lavoura+4.jpg" border="0" /></a></div><div align="justify">Já o carinho de sua mãe funciona como contraponto diante de toda essa frieza do pai, chegando a ser exacerbado e a insinuar conotações sexuais. O próprio André ressalta que “se o pai, no seu gesto austero, quis fazer da casa um templo, a mãe, transbordando no seu afeto, só conseguiu fazer dela uma casa de perdição”. Não fossem as demonstrações da mãe, talvez os filhos não encontrassem meio de fugir ao flagelo emocional ocasionado pelo pai. Também afirma “o galho da direita era um desenvolvimento espontâneo do tronco, desde as raízes; já o da esquerda trazia o estigma de uma cicatriz, como se a mãe, que era por onde começava, fosse uma protuberância mórbida pela carga de afeto”. È interessante observar que o “galho da direita”, além da presença da mãe, tinha a de André, Ana e Lula, todos personagens complexos e que desafiam a estrutura da casa.<br /><br />A fotografia de Walter Carvalho é impecável. Na maioria do tempo alcança-se a sensação de utilização de luz local. De dia, a luz entrando pelas janelas da casa da fazenda ou pelas frestas da casa abandona dos fundos, sempre em tons amarelados, dão a sensação de antigüidade e diferem da luz encontrada fora de casa, em momentos mais claros e de contato com a natureza. Tal diferença também pode ser notada quando há a narração dos momentos de infância de André, onde prevalecem na fotografia os tons de branco.<br /><br />A noite, por sua vez, é marcada quase que em todas as cenas por um tom sombrio, ocasionado pela luz proveniente de lamparinas e, num momento fortíssimo do filme, de uma lâmpada que o protagonista acende durante a conversa com o irmão. Destaque para a atmosfera criada na mesa do jantar, onde uma lamparina ilumina precariamente os integrantes da mesa e tudo ao redor é um completo e angustiante breu.<br /><br />Outro aspecto que chama a atenção no filme é a grande utilização de closes. Cada detalhe, principalmente os momentos de contato físico entre os personagens, são enfocados pelo diretor. Tal característica parece sugerir um mergulho ainda maior nas relações humanas do filme. Este recurso é também utilizado nas diversas cenas em que os pés de André são filmados: tirando os sapatos, sentindo o chão, roçando entre as folhas.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWscNtdrJhhubn2OUtKGCMBXcD8xqKvmo2qO4H9NMKfwDYUK4dfilB6MEnTs6ocGKBOxLhc0wXS3OEYbChsitkLPp_y0h81B5r3TyY9hBtZPVFttmUutWvn5Nd66PE5XGMH0XXCAl4fjw/s1600-h/lavoura+5.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5099476542611437714" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWscNtdrJhhubn2OUtKGCMBXcD8xqKvmo2qO4H9NMKfwDYUK4dfilB6MEnTs6ocGKBOxLhc0wXS3OEYbChsitkLPp_y0h81B5r3TyY9hBtZPVFttmUutWvn5Nd66PE5XGMH0XXCAl4fjw/s200/lavoura+5.jpg" border="0" /></a>A trilha sonora do filme é marcante. Predominantemente composta por instrumento de cordas, ela é melancólica em alguns momentos e agitada em outros - principalmente nos de festa em que prevalecem as canções de origem árabe. Há, no entanto, nos momentos de alta tensão do filme, a bela utilização de acordes intensos ou simplesmente do silêncio para conferir às cenas um grau de densidade que corresponda à intensidade que cada cena requer.</div><div align="justify"><br />Cabe ressaltar o memorável trabalho dos atores envolvidos no filme. Selton Mello despe-se de todos os tipos que poderiam compor um “André” estereotipado e mergulha no personagem de forma entregue e, por que não, visceral. Simone Spoladore, que sem dizer uma palavra sequer, transmite com maestria toda a ambigüidade da personagem Ana. Com roupas claras e leves que pressupõem pureza, e beleza avassaladora e misteriosa, conseguimos sentir a cada cena o sentimento exato que permeia a mente de sua personagem. Juliana Cordeiro da Cunha, a mãe, também surpreende pela sua expressão marcada e de poucas palavras.<br /><br />O desfecho é surpreendente e faz valer à pena esperar os longos 163 minutos da película.<br /><a name="Ficha_Técnica"></a></div><div align="justify"><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Andressa Cangussú</span></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-5500608080606096702007-08-03T23:13:00.000-03:002008-12-11T13:26:04.499-03:00Corrente literária<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ7d2Xop52rU7Oc8uOBJLmIB1j4tunuOyUzo3ag8wpVswgdILXV6Rj-cYFP3D9rdtSmypN50VXAxTBjXLukeZTtWJdIfne39-zefPjT4B8AsljVaiYZD6jqzqA64WCgtwDqEh5vZz6oZs/s1600-h/Cem+anos+de+solidão.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5094670074669736450" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ7d2Xop52rU7Oc8uOBJLmIB1j4tunuOyUzo3ag8wpVswgdILXV6Rj-cYFP3D9rdtSmypN50VXAxTBjXLukeZTtWJdIfne39-zefPjT4B8AsljVaiYZD6jqzqA64WCgtwDqEh5vZz6oZs/s200/Cem+anos+de+solid%C3%A3o.jpg" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeblRGuYUAQCHbWkfLNYnHSwTaEfGnAwwA9hhZigMjRTfBL1hPcAoosseCX4LRwHxU4kL3Ou-bgAiJn-gyEFKhf5Vq-jGmlDwF1yi79U4_3HCL3tEd5IIA9ePsAqi-dg0WUxlAhSqXmsU/s1600-h/crime+e+castigo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5094670074669736466" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeblRGuYUAQCHbWkfLNYnHSwTaEfGnAwwA9hhZigMjRTfBL1hPcAoosseCX4LRwHxU4kL3Ou-bgAiJn-gyEFKhf5Vq-jGmlDwF1yi79U4_3HCL3tEd5IIA9ePsAqi-dg0WUxlAhSqXmsU/s200/crime+e+castigo.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFLTafcUvCyyjdLDe7-ZOb3v7qroLlOo7KVJEuqUTVF6bUoCahh1FgGzoHf1KjnGhIBK_AKhNDT8nwXa0-es0ogjsLd9X-YyokslIYB3BJXcQk-VokwNCN9_52KOTch5EfdD1T1u8-vzA/s1600-h/Cem+anos+de+solidão.jpg"></a></div><div></div><div align="justify">Imagino o que teria sido de mim se não tivesse descoberto o prazer pela leitura há algum tempo. Ganhei <em>Harry Potter e a Pedra Filosofal</em> e quando vi aquele livrão (sim, nos meus 12 anos era enorme e, pior, sem figuras) pensei: "Ai caramba, eu vou ter que ler esse livro mesmo?". Mas foi minha madrinha quem me deu e se ela perguntasse o que tinha achado do livro? Tive que ler então, né. E foi aí que a magia aconteceu. Chegou um momento que eu não conseguia mais parar de ler. E a vontade não parou até hoje. Escolher cinco livros é difícil, mas aí vão os meus atuais preferi dos. </div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;"><strong>1. Cem Anos de Solidão</strong> (Gabriel García Márquez)<br /><br />A partir do momento em que eu entrei em contato com a obra do Gabriel García Márquez com <em>Crônica de uma Morte Anunciada</em> eu me tornei fã do cara. E <em>Cem Anos de Solidão</em> foi uma experiência marcante. O realismo fantástico construído com maestria e elegância nos deixa extasiados, enquanto testemunhamos a saga da geração de toda uma família. A leitura flui da forma mais agradável possível desejando que a leitura não terminasse nunca.<br /><br /><strong>2. Crime e Castigo</strong> (Fiódor Dostoiévski)<br /><br />A leitura de Dostoievski é densa, mas nunca complexa ou cansativa. Acompanhamos os delírios e pensamentos da mente de um personagem atormentado por si mesmo e por seus demônios internos. A gama de tramas paralelas só enriquece a narrativa que prima mais pela introspecção psicológica dos personagens do que pela ação em si.<br /><br /><strong>3. Lavoura Arcaica</strong> (Raduan Nassar)<br /><br />Antes mesmo de me maravilhar com o filme dirigido por Luis Fernando Carvalho, o livro de Raduan Nassar me pegou de surpresa. É uma experiência marcante tanto pela estrutura narrativa (os capítulos são formados por um só parágrafo, enormes e sem pontos continuativos) quanto pela densidade da história do rapaz que fugiu de casa por estar apaixonado pela irmã. Pena que o autor só lançou mais dois livros e depois de aposentou.<br /><br /><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQzjPlsAy9fqWdWWKDWGovwCVD0B0CddNRnWKj0eVAwz06FVJoYisnAtlAmaUfvtrHDvvUPrtwOG9Cwkna8dap8TT5ecMtxJyD8iagtBKjysRgDtxXCI3eHrYswKgK_0cFe_97e4Vszk8/s1600-h/Vidas+secas.jpg"></a>4. Vidas Secas</strong> (Graciliano Ramos)<br /><br />É com muita simplicidade que esse grande autor de nossa literatura nos dá a história de uma família de retirantes e nos apresenta momentos de degradação moral daqueles personagens. Embora sejam fictícios, há muitos deles na vida real. Com um texto seco e direto, as situações que acompanhamos são brutas e parece não haver solução para aquela família senão o sofrimento e a eterna fuga. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong>5. A Metamorfose</strong> (Franz Kafka) </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">A situação surreal a que somos convidados a conhecer logo a partir das primeiras linhas do livro mais famoso de Kafka se torna ainda mais prazerosa pela qualidade de seu texto. A naturalidade com que ele conta a história do homem que acorda transformado em um inseto nos aproxima ainda mais da narrativa. Mas não se enganem, a história é densa. Metáfora perfeita de alguém que vive e se sente oprimido dentro do próprio lar. </span><span style="font-family:georgia;"></div></span><span style="font-family:georgia;"><br /><p align="justify"></span></p><span style="font-family:georgia;">Passo agora a corrente para André Setaro (<a href="http://setarosblog.blogspot.com/"><span style="color:#3333ff;">Setaro's Blog</span></a>), Renato Silveira (<a href="http://cinematorio.blogspot.com/"><span style="color:#3333ff;">Cinematório</span></a>), Wallace Guedes (<a href="http://www.cronicascinefilas.blogger.com.br/"><span style="color:#3333ff;">Crônicas Cinéfilas</span></a>), Roberto Queiroz (<a href="http://claque-te.blogspot.com/"><span style="color:#3333ff;">Claquete</span></a>) e Gustavo Madruga (<a href="http://cineoba.blogspot.com/"><span style="color:#3333ff;">Cine Ôba</span></a>). Se virem.<br /><br /><br />PS: Quase entram na lista <em>O Caso dos Dez Negrinhos</em> (Agatha Christie) e <em>1984</em> (George Orwell). Foi uma briga...<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-12731287279827497682007-07-30T12:38:00.000-03:002008-12-11T13:26:04.920-03:00Adeus aos mestres<p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRyNyrMpwrqG0AZ4hb2a_L92XIc8naxZF9cmvZI2vITTVtt4MPk6KAG4DLw38-B2Ywwbz0OJqaJYLOCrGMPRKyu_x5j8HBNYggL6ypshDMKehdmGjk_wyjU_iIOIUSLEUH-4GC5xwa7h8/s1600-h/Bergman.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5093526724310770018" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRyNyrMpwrqG0AZ4hb2a_L92XIc8naxZF9cmvZI2vITTVtt4MPk6KAG4DLw38-B2Ywwbz0OJqaJYLOCrGMPRKyu_x5j8HBNYggL6ypshDMKehdmGjk_wyjU_iIOIUSLEUH-4GC5xwa7h8/s200/Bergman.bmp" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSNEWjxP2wP0ibN8K1YgxXMWLhZDzwLRHi7LX4j3n6XAo3lh8qG-W04bzfLfcP-tPdvCP4xnhGclRCtZLZJJQjFdmlbAgSl3DccqFIznh1f5SRqRrV-f_dZksB8z1avzGO-4f4t33URY8/s1600-h/Antonioni.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5093525057863459154" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSNEWjxP2wP0ibN8K1YgxXMWLhZDzwLRHi7LX4j3n6XAo3lh8qG-W04bzfLfcP-tPdvCP4xnhGclRCtZLZJJQjFdmlbAgSl3DccqFIznh1f5SRqRrV-f_dZksB8z1avzGO-4f4t33URY8/s200/Antonioni.jpg" border="0" /></a></p><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Foi anunciada hoje a morte de um dos maiores cineastas da atualidade. Ingmar Bergman sai de cena aos 89 anos e deixa uma vasta obra para deleite de cinéfilos mundo a fora. Embora tenha se aposentado do cinema em 1982 com <em>Fanny e Alexander</em>, continuou trabalhando na televisão e no teatro onde iniciou sua promissora carreira. Mesmo assim, alguns de seus filmes para a TV forma lançados também na tela grande como seu último trabalho <em>Saraband</em> que resgata a história dos personagens de <em>Cenas de um Casamento</em>, série criada por ele próprio e lançada na TV em 73. Responsável por obras magistrais como <em>Gritos e Sussurros</em>, <em>O Sétimo Selo</em>, <em>Sonata de Outono</em>, <em>Morangos Silvestres</em> e <em>Persona</em>, o diretor sueco vai fazer falta, mas deixou, indiscutivelmente, a sua marca na história do Cinema. </span></div><span style="font-family:georgia;"></span><div align="justify"><br />E eis que o dia passa e mais uma baixa é anunciada no campo dos grandes cineastas. O italiano Michelangelo Antonioni também morreu nesse início de semana, exatamente no mesmo dia em que Bergman nos deixou. Responsável por uma obra apreciada no mundo todo, Antonioni começou a ser notado a partir do final da década de 50 por construir um estilo próprio e pelos vários prêmios com os quais foi agraciado nos maiores festivais do mundo (Cannes, Veneza e Berlim). É dele a trilogia da incomunicabilidade composta por <em>A Aventura</em>, <em>A Noite</em> e <em>O Eclipse</em>, que o elevou ao status de grande mestre do cinema. Depois, filmando em inglês, criou novas obras-primas como <em>Blow Up – Depois Daquele Beijo</em> e <em>Profissão: Repórter</em>. Outra perda irreparável, num mesmo dia. De fato, o começo da semana não foi nada agradável. <br /></div><span style="font-family:georgia;"><div align="justify"><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-29027811830442161772007-07-30T11:19:00.000-03:002008-12-11T13:26:07.104-03:00Visita ao Irã<div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Há algum tempo o cinema feito no Irã ganhou prestígio ao redor do mundo através de realizadores como Abbas Kiarostami, Mohsen Makhmalbaf, Majid Majidi e outros que estavam e ainda estão sempre presentes nos maiores e melhores festivais de cinema do planeta. Um desses grandes diretores é Jafar Panahi, que com seu estilo seco e objetivo, capta as contradições e mazelas de seu país. É dele os três filmes comentados abaixo que tive a oportunidade de ver recentemente e me admirei com sua qualidade em retratar os dramas pessoais daquele povo, imerso nunca cultura tão diferente da nossa.<br /><br /><br /><strong>O Círculo</strong> (Dayereh, IRA, 2000)<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI6UUvabjqIHonKRq8L-A39XyjgDbk1A39dNpHz9uG1c4CYsziMUnic90f90DhRsT9-c3jMkn8AlkOotsXWsJ0TND4DuhfPrCg53Sh5OTqYO6yT9PB4Is0ZLqdEaod6PqdY4M6hTY3780/s1600-h/5+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098078453341659794" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI6UUvabjqIHonKRq8L-A39XyjgDbk1A39dNpHz9uG1c4CYsziMUnic90f90DhRsT9-c3jMkn8AlkOotsXWsJ0TND4DuhfPrCg53Sh5OTqYO6yT9PB4Is0ZLqdEaod6PqdY4M6hTY3780/s200/5+estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2xquo6uI7SreWGz0Q1La8-9Hb7SWz1g-RTW3LCZZdCBR01ucv_M238MH9j_egZkpciYqZlQfKOM-bCZo1kNgMDbf7WFA1Fi_qZw9B4E_ZQRyeFwK_6mctLraK0HANz3IztPjhy4qHBKg/s1600-h/o+circulo.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtRvakQFRHfE9cbVE0XPXm9K1R9rv_BWU6nURvZtkhph9ipo0iKg_tnP1b7aZvFAivtjkpBS4yq9-Cd_YwmeLqifMaSYDqRoJ2KG1Olff0LUBPTUs_URdqYDee2tztPMODOt5Q7uOuSnQ/s1600-h/o+circulo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5092996974454546674" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtRvakQFRHfE9cbVE0XPXm9K1R9rv_BWU6nURvZtkhph9ipo0iKg_tnP1b7aZvFAivtjkpBS4yq9-Cd_YwmeLqifMaSYDqRoJ2KG1Olff0LUBPTUs_URdqYDee2tztPMODOt5Q7uOuSnQ/s200/o+circulo.jpg" border="0" /></a>Com esse filme (Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2000), o diretor constrói um interessante exercício de estilo ao narrar a história de mulheres que saíram da prisão e precisam ser aceitas de volta na sociedade. A partir daí, o filme vai nos apresentando a outras personagens, cada qual com seus dramas, formando um círculo vicioso de degradação humana. Assim, a figura feminina, com sua fragilidade exposta num país que a reprime ao extremo, é o centro de discussão do longa. É angustiante ver aquelas personagens jogadas à própria sorte enquanto buscam uma direção a tomar. A história deixa sim muitas questões sem explicação exata, mas me parece ser um filme de perguntas, não respostas, com a evidente intenção de tocar numa ferida. E garanto que é uma experiência das mais gratificantes.<br /><br /><br /><strong>Ouro Carmim</strong> (Talaye Sorkh, IRA, 2002)<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkBXzSa2OHBZr9UWOL35nH_j4C28BI2YiUAaG1vVpxd2e1zD_sMbTTTJVjf0nvqyOMyXPggqK4-9-n0xj2vOjBYBpCE3AYr6pLEf84i7LG5yKFfOzufDx3fj8LpBKrR1ItiSC3_wOlYyg/s1600-h/4+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098078453341659778" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkBXzSa2OHBZr9UWOL35nH_j4C28BI2YiUAaG1vVpxd2e1zD_sMbTTTJVjf0nvqyOMyXPggqK4-9-n0xj2vOjBYBpCE3AYr6pLEf84i7LG5yKFfOzufDx3fj8LpBKrR1ItiSC3_wOlYyg/s200/4+estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpXO0QfhWg1rN_ELWymo-WvaHINw4dxV2YwPEPCKldyR9gLheatcyYxwi7VWAD6V_ewuwAYtUNm1-bmV1cwZJOhcrsgKV3v6oOMDBx5hU3KV6vGYNMg2aB9BKNLLjbvZheIbepVFjITK4/s1600-h/ouro+carmim.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5092996794065920226" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpXO0QfhWg1rN_ELWymo-WvaHINw4dxV2YwPEPCKldyR9gLheatcyYxwi7VWAD6V_ewuwAYtUNm1-bmV1cwZJOhcrsgKV3v6oOMDBx5hU3KV6vGYNMg2aB9BKNLLjbvZheIbepVFjITK4/s200/ouro+carmim.jpg" border="0" /></a><em>Ouro Carmim</em> é uma narrativa sutil tendo como figura central um homem que vive do roubo durante o dia e à noite entrega pizzas nos bairros mais luxuosos da capital Teerã. A partir daí, Panahi escancara as diferenças entre ricos e pobres e ainda ataca o sistema político controlado pelo regime autoritário dos aiatolás. O filme começa com uma cena de roubo seguida do suicídio do próprio ladrão. A seguir, acompanharemos os fatos que levaram àquela situação. Há cenas longas que podem parecer chatas, mas se revelam bastante significativas para a história, como a seqüência da entrega de pizzas numa festa ou a quase surreal visita a um suntuoso apartamento. Momentos assim nos deixam estarrecidos pelo inusitado da situação e agraciados com o talento do diretor.<br /><br /><br /><strong>Fora do Jogo</strong> (Offside, IRA, 2006)<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaSyckxbsi6fZeX7r6hw3u52zQDqJUrSIeZ7-Ahopo2tzgC9isG-H9T3uDdmg-9-d9duXF0XkAWatY5fjiydfXgAB1_ZHRei923CladFkVs-VnTdPH6NX5cDRp0NXq8FBvY2NQKbJELYU/s1600-h/4+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098078255773164146" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaSyckxbsi6fZeX7r6hw3u52zQDqJUrSIeZ7-Ahopo2tzgC9isG-H9T3uDdmg-9-d9duXF0XkAWatY5fjiydfXgAB1_ZHRei923CladFkVs-VnTdPH6NX5cDRp0NXq8FBvY2NQKbJELYU/s200/4+estrelas.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiURG7NyWKiUnqgyohnKCMwnuNg6190pqyBwJ4VUqMgyJw49wyeu3METLU55l3DNE8fKRm3KxF1KG3enD2NHbG830PSSSGJL8q9NMM6cWBsZ9JXZ2tbLDg68QREh88IgyqkrrGVC-cG5lM/s1600-h/fora+do+jogo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5092996428993700034" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiURG7NyWKiUnqgyohnKCMwnuNg6190pqyBwJ4VUqMgyJw49wyeu3METLU55l3DNE8fKRm3KxF1KG3enD2NHbG830PSSSGJL8q9NMM6cWBsZ9JXZ2tbLDg68QREh88IgyqkrrGVC-cG5lM/s200/fora+do+jogo.jpg" border="0" /></a>Lançado esse ano nos cinemas brasileiros, <em>Fora do Jogo</em> continua investindo na figura feminina, mas agora é também sobre a paixão ao futebol. Durante as eliminatórias para a Copa de 2006, a equipe do Irã briga por uma vaga no Mundial. Acompanhamos, assim, a história de algumas garotas, apaixonadas pelo esporte, que querem muito ver a partida, mas são barradas já que mulheres não são permitidas em estádios. Com um tom levemente documental, Panahi fez aqui um filme mais leve, embora não deixe de alfinetar o sistema, mais uma vez discutindo o papel da mulher em sua sociedade; e é através delas que testemunhamos, com alegria, a alegria de um povo diante de uma vitória.<br /></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-73465007366870228432007-07-20T11:46:00.000-03:002008-12-11T13:26:09.697-03:00Amores parisienses<span style="font-family:georgia;"><strong>Paris, Te Amo</strong> (Paris, Je T'aime; FRA, ALE, SUI; 2006)<br />Cotação: 7/10<br /></span><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089293491555715250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin1VvQ9PjlsLYKtx7KH8Y7OgwuHGk1LwH7cIF0F7LrcV-txX_bN6pdZruazfSdDERwANr8GpH7GOJsFg6IWKABh3jmoclCMrC1DEZKY0VgFnYsv8F6exX0hUisJStbZzdeUNvmwpxhMqI/s200/cartaz.jpg" border="0" /><span style="font-family:georgia;">Pegue 22 talentosos cineastas de países diferentes, jogue-os na bela e apaixonante Paris e lhes peça que filmem uma curta história de amor. O resultado é um filme agradável com a maioria das histórias acima da média, principalmente se levarmos em consideração o pouco espaço de tempo que cada diretor tinha (os segmentos têm em média cinco minutos). E a própria idéia de reunir pessoas com visão e estilo diferentes com liberdade total para criar já é interessante por si só.</span><br /><br />Composto por 18 curtas que recebem nomes de bairros e locais da capital francesa, <em>Paris, Te Amo</em> é um filme leve e, claro, diverso, mas que consegue se manter coeso e fiel à proposta original. As situações são as mais diversas: alegre, melancólicas, engraçadas, assustadoras. Amores se perdem, se transformam, resistem ao tempo; outros, à espera de concretização. </div></span><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdFP_CFciPzMQqUnLTOse9WUE3yCkf9g9RVzQ3qg5JsL7XiCOQ6cjsrkTgJcUVoW1NfcuaaCDX_kVEqwix2a6A6KkFFCBcZ5DbK9pGi74bsHHgS8SWLTPoea3rdl1zTEnJ3vULiI34byw/s1600-h/muçulmana.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089294427858585826" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" height="131" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdFP_CFciPzMQqUnLTOse9WUE3yCkf9g9RVzQ3qg5JsL7XiCOQ6cjsrkTgJcUVoW1NfcuaaCDX_kVEqwix2a6A6KkFFCBcZ5DbK9pGi74bsHHgS8SWLTPoea3rdl1zTEnJ3vULiI34byw/s200/mu%C3%A7ulmana.jpg" width="195" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiOyqKtCDOohlPegmh0TdNdXR6VLl9LlUhYM4g14PhyphenhyphenZvraEe801rGlsWaYJhz1TZjf5237t1DERv8jn0o_1eKZS-L40EKhi183mZ2gXcu-f46wzbIPrVlwTn2bCOQOEWW3KOuNL_MROo/s1600-h/buscemi.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089294513757931762" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 169px; CURSOR: hand; HEIGHT: 127px" height="133" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiOyqKtCDOohlPegmh0TdNdXR6VLl9LlUhYM4g14PhyphenhyphenZvraEe801rGlsWaYJhz1TZjf5237t1DERv8jn0o_1eKZS-L40EKhi183mZ2gXcu-f46wzbIPrVlwTn2bCOQOEWW3KOuNL_MROo/s200/buscemi.jpg" width="179" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><p></p><p><br /></p><p></p><p><br /></p><p align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089294814405642498" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" height="114" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQostR2Hvu7Xyvn-eo1ExK8YvQtaqn2Af5DP4_tTN9ZhzdI_lOKvXzAMO9jZAxIMhEP_Kj_yZ-Piao2r4QQNsQ4e_49w07jp3l7r2FLaSTg44W9uGpwEDtIMfSejOWlXu980nVMnkY-uE/s200/catalina.jpg" width="190" border="0" /></p><p align="justify">O filme começa mediano, mas vai se encontrando aos poucos. <em>Montmartre</em> abre o longa e sugere um encontro inusitado entre um sujeito angustiado e solitário com uma mulher que desmaia ao lado de seu caro. A diretora queniana Gurinder Chadha faz um jovem francês se enamorar por uma garota mulçumana, deixando clara a idéia de tolerância com a jovem em defesa de sua fé e os hábitos de sua religião. O humor irônico, inteligente e nonsense dos irmãos Coen surge com um Steve Buscemi, com cara de pateta, passando por maus bocados numa estação de metrô. Já Gus Van Sant, com muita simplicidade e sem exageros estéticos, nos dá a possibilidade de um relacionamento entre dois rapazes com uma surpresinha no fim, engraçada e interessante. </p><span style="font-family:georgia;"><p align="justify"></span></p><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Como se trata de um filme episódico, há sempre alguns segmentos decepcionantes. </span><span style="font-family:georgia;">Walter Salles (ele mesmo que eu adoro) em parceria com Daniela Thomas conta a luta de uma babá (Catalina Sandino Moreno) que precisa deixar seu filho numa creche para cuidar de outra criança. Ao fim, fica a sensação de que a história foi pouco aproveitada, embora seja muito bem dirigida. Mas até agora não sei como um curta tão idiota como <em>Porte de Choisy</em>, de Christopher Doyle foi parar aqui. O encontro entre uma modelo chinesa e um vendedor de produtos de beleza é totalmente dispensável e de mau gosto.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmutV2ksCjn8n_YJYL3ZnZqKcSDQuhxinXQhfg2eVtrYdJwQ_mkVmSZJJ96XJW_JXJwPI2Z-QfIN7fPdiFG1FiPjtOlu0rCHKL3UxPqgXR5peCS_2iHiI4OvWCIGNh4biqbvp5ZI17G0k/s1600-h/mimicos+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089295282557077778" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmutV2ksCjn8n_YJYL3ZnZqKcSDQuhxinXQhfg2eVtrYdJwQ_mkVmSZJJ96XJW_JXJwPI2Z-QfIN7fPdiFG1FiPjtOlu0rCHKL3UxPqgXR5peCS_2iHiI4OvWCIGNh4biqbvp5ZI17G0k/s200/mimicos+2.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:georgia;">Maggie Gyllenhall está ótima na pele da atriz norte-americana viciada, filmada com a câmera nervosa de Olivier Assayas. Já a excelente Juliette Binoche é desperdiçada em <em>Places des Victoires</em> vivendo uma mãe que perdeu seu filho recentemente, numa história lúdica de superação; pena que os dois curtas não são tão bons quanto bem atuados. Lúdico mesmo é a história do mímico solitário que busca uma parceira pelas ruas de Paris e vai encontrar seu amor numa prisão. Em outro estranho ambiente, um clube de striptease, um casal em crise tenta acender a chama do amor, contando com a </span></span><span style="font-family:georgia;"><span style="font-family:georgia;">presença em cena dos ótimos Fanny Ardant e Bob Hoskins.</span> </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="font-family:georgia;">Há algo de melancolicamente belo na história de um homem que precisa estar a<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdbr9ea8Xbr8xIgRgqSToszjae0-vhgkXQvKuNduj1XZnczu8K8A3ujHX3TvOscsJ0Kbv2uWQ4ocoayjM2CH0wpDqwQkL3_C0dB7VhvsCAUM8NgRsa9P47k2Z3t0ISkZbitFC5ERJJjPU/s1600-h/gena.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089304834564344242" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdbr9ea8Xbr8xIgRgqSToszjae0-vhgkXQvKuNduj1XZnczu8K8A3ujHX3TvOscsJ0Kbv2uWQ4ocoayjM2CH0wpDqwQkL3_C0dB7VhvsCAUM8NgRsa9P47k2Z3t0ISkZbitFC5ERJJjPU/s200/gena.jpg" border="0" /></a>o lado de sua mulher num momento difícil e precisa aprender a se reapaixonar por ela. Há também algo de cinicamente oculto no segmento enfocando o casal que decide se separar, mas deixa evidente o desentendimento entre ambos, mesmo que sutilmente (ótimos desempenhos de Ben Gazzarra e Gena Rowlands). Ambos os curtas são muito bem escritos, com texto elegante e enxuto. Pelo contrário, em <em>Quartier de la Madeleine</em>, não se diz uma palavra, mas Vincenzo Natali constrói muito bem o encontro bizarro de um garoto (Elijah Wood) com uma vampira. </span></span><br /><span style="font-family:georgia;"><br /></span>Alfonso Cuarón, em um único plano-sequência, conta com simplicidade o bem-humorado encontro entre pai e filha, com direito a surpresa no final. <em>Place de Fêtes</em>, do africano Olivier Schmitz, por sua vez, é um interessante quebra-cabeça cujas peças vão dando conta do encontro fatídico entre um acidentado e uma enfermeira afro-descendentes de forma tocante. Wes Craven, acostumado a filmes de terror, surpreende com a discussão da relação de um jovem casal num cemitério, com direito a fantasma de Oscar Wilde (vivido por Alexander Payne). Mas é o diretor alemão Tom Tykwer quem cria um dos melhores segmentos do filme, com um rapaz cego cuja namorada (Natalie Portman, linda) decide romper o namoro. Passa, então, por sua cabeça todos os momentos bons por que passaram juntos. Esse me fez pensar o quanto é importante dar valor as coisas que temos antes que seja tarde demais. </div><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25HA_69PqQNCQBnSpzwhqOSNlsjAhouDgFPyqFNhFrHJtalsj7z0yYRm96UD6P0HSywpfompJ3Sf09iNGdzThqiiM69VhIGVf8DAzP4SVztgJBjf3IlDyhBPsu6FrFe4DNtjWPhkwwyU/s1600-h/natalie.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089297885307259234" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25HA_69PqQNCQBnSpzwhqOSNlsjAhouDgFPyqFNhFrHJtalsj7z0yYRm96UD6P0HSywpfompJ3Sf09iNGdzThqiiM69VhIGVf8DAzP4SVztgJBjf3IlDyhBPsu6FrFe4DNtjWPhkwwyU/s200/natalie.jpg" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRoqGk5vYWamk80zvQpUN-dt0tFHihf26bPWcviZLfDxoqL29xMfzw99mJFm9JjP9o0m6aZ9L4cwtcX3rWzNh7o3s9WB9Nmgnlba1GLCEE5FOuiUDVxa84XLvDKE8oyGW1iMuaB3bugBo/s1600-h/nick+nolte.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089298246084512114" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRoqGk5vYWamk80zvQpUN-dt0tFHihf26bPWcviZLfDxoqL29xMfzw99mJFm9JjP9o0m6aZ9L4cwtcX3rWzNh7o3s9WB9Nmgnlba1GLCEE5FOuiUDVxa84XLvDKE8oyGW1iMuaB3bugBo/s200/nick+nolte.jpg" border="0" /></a> </div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089298671286274434" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSYMRTbbGTzBnDSGMOsavYV03xoPOR0iuatGEhvAk_-pVDj-pkQUNXWbPe70MgY4_noTWSaCF-7boLuxNJv2kgriRa9XOgxEj6zXp_Lr1hC5V9o_XbvbRDHbwAAoOEA-CuzhbttaP_7x8/s200/emily.jpg" border="0" /><br /><br /><div align="justify">E para finalizar o projeto, nada melhor que o melhor. <em>Paris, Te Amo</em> deixa para o final uma pequena pérola, em meio a tanta coisa boa. Alexander Payne, de forma primorosa, dá vida às peripécias de uma turista norte-americana um tanto burrinha. Primeiro, com alívio cômico (é hilária a cena em que ela visita o túmulo de Sartre), além de outras tiradas inteligentes, para no fim revelar a descoberta do amor de sua personagem pela cidade de forma simples e ao mesmo tempo tocante. É a celebração do amor em seu estado mais puro.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><span style="font-family:georgia;"><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089299092193069458" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ59QNKpWtFqgUOK4GpRIcGjHFNWSPdlt04JGufCGgNZRfY8x4aWuundKWdvEEULrrX8PmhhkFmR0JigmYMvCL6FXlpIBi9N2D9T6IBBX8pbpcv091fVeDmJpoovraZBJiNhyphenhyphenniBIor6Q/s320/margo.jpg" border="0" /><br />E aí, por qual deles vocês se apaixonaram mais?<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div></span>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-32891276495154240402007-07-02T22:48:00.000-03:002008-12-11T13:26:10.488-03:00Poesia melosa<span style="font-size:130%;"><span style="font-size:100%;"><strong>O Tigre e a Neve (La Tigre e la Neve, ITA, 2005)</strong><br />Dir: Roberto Benigni<br />Cotação: 4/10</span> </span><br /><div><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;">Roberto Benigni é um ótimo ator aliado ao ótimo texto que ele mesmo escreve. Suas tiradas são engraçadas e inteligentes, e ninguém melhor do que ele próprio para encarnar o personagem atrapalhado e isento de malícias de seus filmes. Pena que nesse seu novo trabalho o resultado não seja tão satisfatório, pois fica clara a óbvia intenção de forçar o espectador a se emocionar.</span> </div><div align="justify"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWNq1eRY2ZdgKAfcQVDMmjzyQnhyphenhyphenTyIYHWlUdaje2MI93oUD3fY3NChyphenhyphenCiX54XfW9ubWnL3AW014vd33no-K1kZ8Z6tm54EhSH0VOoXwLwhyphenhyphenExbKbKO9omfS8nqkdH9XqM11rlXYFoEHw/s1600-h/otigre.jpg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5082785997972970290" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWNq1eRY2ZdgKAfcQVDMmjzyQnhyphenhyphenTyIYHWlUdaje2MI93oUD3fY3NChyphenhyphenCiX54XfW9ubWnL3AW014vd33no-K1kZ8Z6tm54EhSH0VOoXwLwhyphenhyphenExbKbKO9omfS8nqkdH9XqM11rlXYFoEHw/s320/otigre.jpg.jpg" border="0" /></a><br />Isso, aliás, é bastante estranho vindo do cara responsável pelo excelente <em>A Vida é Bela</em> que aliava magnificamente bem o humor e a emoção, numa história trágica, porém bonita. Em <em>O Tigre e a Neve</em> ele vive Attilio, um poeta que tenta reconquistar sua ex-mulher (interpretada por Nicoletta Braschi) com a qual tem duas filhas. Quando ela viaja ao Iraque e é ferida durante os bombardeios norte-americanos de 2003, ele parte em seu socorro.<br /><br /></div><div align="justify">Atrapalhado, ele vai contar com a ajuda de seu amigo Fuad (vivido pelo ator francês Jean Reno) para encontrar sua amada e reconquistar seu amor. São nesses momentos que a história vai ficando melosa e bobinha, auxiliada pela trilha sonora um tanto piegas.<br /><br />Benigni (que lembra Woody Allen por roteirizar seus próprios filmes e criar um alter ego seu, interpretando-o como ninguém – mas cada qual com seu estilo peculiar, que se diga logo) confere graça a seu personagem, embora se repita. Pena que Nicoletta Braschi (esposa de Benigni e produtora do filme) não possua o mesmo talento. Confesso ter pensado, no início do filme, que a personagem sofria de alguma doença na cabeça, mas essa minha impressão não se concretizou.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb1ig93lVLizPGTrUkuD6oqFp-Y7PNpNp7dJ_sQNAdbjV3cGalmE5LRgrMAdx3r7pq9Ub1KLrUhJ-Zsq933HZ97aQkHNuA6ygFen8JsYavsQw_y6Q5p9cJ6zRCJ5j2FhrzyHo6r7kYP9Q/s1600-h/tigre1.jpg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5082785181929184034" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb1ig93lVLizPGTrUkuD6oqFp-Y7PNpNp7dJ_sQNAdbjV3cGalmE5LRgrMAdx3r7pq9Ub1KLrUhJ-Zsq933HZ97aQkHNuA6ygFen8JsYavsQw_y6Q5p9cJ6zRCJ5j2FhrzyHo6r7kYP9Q/s320/tigre1.jpg.jpg" border="0" /></a>Outra ressalva que se faz é em relação à montagem que parece confusa no início mas vai se ordenando à medida em que o filme transcorre. Pelo menos, ao fim, nenhuma ponta da história fica solta. Mas o que realmente é difícil de perdoar são os fracos efeitos digitais utilizados para criar elementos de cenas (aquela neve...). Deram um ar um tanto falso à história, reduzindo o encanto. </div><div align="justify"><br /> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em>O Tigre e a Neve</em> tenta repetir a façanha de <em>A Vida é Bela</em> (impossível não fazer essa comparação), mas está longe de conseguir. Assim, fica a sensação de que se o filme se baseasse somente no talento de seu diretor-ator-roteirista para a comédia alegórica, o resultado poderia ser bem mais agradável.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div><strong></strong></div><div><strong></strong></div><div><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span></div><div><span style="color:#ff0000;"><strong>Postado por Rafael Carvalho</strong></span></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-16284242510573089882007-06-25T22:58:00.000-03:002008-12-11T13:26:10.664-03:00"La buena intención"<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><strong>Má Educação (La mala Educación, 2004)</strong><br /></span></div></span><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Pedro Almodóvar</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Cotação: 7/10</span></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5080189674065923938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixsAmlfU9HjhAuzyBj79IzB1bCdFHOm5hRGQI5FveI3pP1ifM6OrX2rJ0fDEuN92HjWtWkrqseNDgHgXw6qxj_ULpKxgNKDxcfX0Pzj5nnbyA6yZunWHEvGqQekuJU3sOHo0lFRk-jJHA/s320/ma-educacao03.jpg" border="0" /><br /><br /><p align="justify">*Como vou comentar algumas partes, talvez seja bom para quem não assistiu não ler.<br /><br />Má educação foi decepcionante. Não por se tratar de um filme ruim - ruim ele não é, mas por, como toda “boa” decepção, ter se chocado com as expectativas geradas com relação a ele.</p><p align="justify">O filme narra a história de Ignácio Rodriguez (Gael García Bernal), um ator que procura o antigo amigo – e amor - Enrique Goded (Fele Martínez), para mostrar-lhe um roteiro chamado “A visita”. Enrique, que no momento é um cineasta sem idéias para o próximo filme, se encanta pelo roteiro e decide filmá-lo. O enredo de Má Educação se desenvolve intercalando a leitura de “A visita”, cenas do filme gerado por este texto e dias atuais dos personagens. </p><p align="justify">Tamanha complexidade narrativa é questionável, pois da forma que foi desenvolvida deixou os personagens extremamente vazios, o que enfraqueceu vários outros setores do filme, como as atuações e os argumentos. Inclusive, a idéia principal do filme não consegue ser cumprida. A tentativa de justificar a atual postura de Ignácio como fruto de seu passado e dos abusos sofridos dentro de um rigoroso colégio católico esbarra no desvio de atenção ao qual somos submetidos no constante vai-e-vem da história.</p><p align="justify">Outros dois momentos questionáveis do filme são: a atitude de Enrique quando descobre a verdade sobre “Angel” através da mãe do ator e revela posteriormente que fingiu não saber da verdade “para ver até onde o rapaz iria” (????) e a decisão repentina tomada por Juan de matar o irmão – um personagem até então absolutamente passivo de repente se transforma em um assassino?</p><p align="justify">Apesar de tudo a crítica à Igreja Católica é bem-vinda. Presa a velhos preceitos, ela mantém uma atitude absurda de tentar ignorar os avanços da sociedade e se esconde na hipocrisia de suas instituições, fingindo não saber que já se corrompeu por dentro. É mesmo uma pena esse ter sido mais um ponto a ser mal desenvolvido por Almodóvar. </p><p align="justify">Ficam os elogios à iniciativa de discutir no cinema um tema tão polêmico e os créditos pelos recursos visuais característicos do diretor e que me agradam muito.</p><p align="justify"><span style="color:#ff0000;">Postado por Andressa Cangussú</span><br /></p>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-45909688585308220382007-06-14T11:13:00.000-03:002008-12-11T13:26:11.138-03:00Podridão Interior<span style="font-family:georgia;"><strong>O Cheiro do Ralo</strong> (Idem, Bra, 2006)<br />Dir: Heitor Dhalia<br />Cotação: 8/10</span><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzL9aQnFqGdJq22wdBiTUY9baURsAfDkNyyDejIShW_9rrM-4LOJQDe6c9iXqcR4E7dDcI7isgcPFW81LhPDwiRgi3W8YPC58BQsAl3lHMeFZZFvj-EfynbI04Lqk6Y_oa10qAh3hava4/s1600-h/cheiro+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075924144475770690" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzL9aQnFqGdJq22wdBiTUY9baURsAfDkNyyDejIShW_9rrM-4LOJQDe6c9iXqcR4E7dDcI7isgcPFW81LhPDwiRgi3W8YPC58BQsAl3lHMeFZZFvj-EfynbI04Lqk6Y_oa10qAh3hava4/s320/cheiro+2.jpg" border="0" /></a></div><div align="justify"><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Depois de sua estréia com o denso <em>Nina</em>, o diretor Heitor Dhalia lança <em>O Cheiro do Ralo</em>. Seu filme possui uma elevada importância no panorama atual do cinema brasileiro pois se apropria de uma liberdade narrativa poucas vezes vista nas produções nacionais para adaptar a obra literária homônima. Dessa forma, chacoalha o nosso cinema com uma obra super inventiva.<br /><br />No filme, Lourenço é um homem amargo e frio que tira seu sustento da compra e revenda de objetos usados. Ele sempre faz questão de explicar a todos os seus clientes que o cheiro ruim de seu escritório provém do ralo do banheiro. No entanto, descobriremos que a origem daquele odor fétido se revela vindo dele próprio.<br /><br />Lourenço é um personagem sujo. Afeto é algo que lhe falta. Trata seus clientes com arrogância ou simpatia, dependendo do momento. Acostumado a avaliar tudo como mercadoria (tudo para ele tem um preço), encontrará dificuldades ao se envolver com uma garçonete, cuja bunda se torna um objeto de culto para ele. Na realidade, em sua obscenidade demente, ele só tem olhos para a bunda e nada mais. A moça até tenta se aproximar de forma mais amorosa, mas isso é algo que ele desconhece. Assim, a paranóia cresce ainda mais em sua cabeça.<br /><br />Selton Mello é o destaque no papel principal criando seu personagem na medida exata entre o humano e o grotesco, o insano. Ao mesmo tempo, é possível criar identificação com Lourenço, pois toda sua perturbação parece vir de um problema de família (mais especificamente a ausência da figura do pai). Além disso, somos apresentados a outros tantos personagens esquisitos que surgem na tela. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075924535317794642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz6fTUpOTACsRGRIaJit1azblLTQD1NFE71pb6tb-oDmm7KfbGr8fSKRSoV4KAJ2D-f49ywdIxeZwwK3k8HIvmG-jZhdlfsYdYg16okGyWUmGj5Nsb-u7cXfQzc9cc9R_5EOSzEXfGE_c/s320/o+cheiro.jpg" border="0" /></span><span style="font-family:georgia;"></div></span><br /><span style="font-family:georgia;"><div align="justify">Competente também é toda a estrutura técnica do longa (que nada fica devendo a grandes produções comerciais). Da fotografia escura em tom amarronzado (acentuando o aspecto de sujeira e de coisa antiga) até a trilha sonora pop e descompromissada.<br /><br />Irreverente como poucos, <em>O Cheiro do Ralo</em> consegue construir uma narrativa grotesca sem medo de parecer experimental e escrachada. Filme feito para perturbar e que traz, por incrível que pareça (impossível esquecer o trocadilho), bons ares à cinematografia brasileira.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-87353804479874008082007-06-09T19:37:00.000-03:002008-12-11T13:26:11.564-03:00E bota Fabuloso nisso!<strong>O Fabuloso destino de Amelie Poulain,</strong> (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, 2001)<br /><div><div><div><div>Dir: Jean-Pierre Jeunet</div><div>Cotação: 10/10</div><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP8y2zEThd_UJcV4NQTypsF4KmFMKoRKayJLifLY_GD5t9lyA2acO-tdRqub-4M3dXx_UNQNhChq-FLxaFTo2Q5sRJOPalf-kfX6CypklCwcGuP8cFbSmE6nc8fx54zfd7R8khT35gAmc/s1600-h/AmelieBrommer.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5074202704403664690" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP8y2zEThd_UJcV4NQTypsF4KmFMKoRKayJLifLY_GD5t9lyA2acO-tdRqub-4M3dXx_UNQNhChq-FLxaFTo2Q5sRJOPalf-kfX6CypklCwcGuP8cFbSmE6nc8fx54zfd7R8khT35gAmc/s320/AmelieBrommer.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Assisti Amelie Poulain há umas duas semanas e desde então me vejo atormentada pelas tentativas frustradas de escrever algo sobre o filme. Afinal, ficar sem palavras é o pior que pode acontecer a alguém que pretende manter um blog sobre cinema.<br /><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">O que mais me chamou a atenção no filme foi que não tem a pretensão de “salvar o mundo” através de uma mensagem de vida - diferente do que ocorre com a maioria das películas que têm algo a transmitir. A história corre leve, interessante em cada detalhe e é impossível não adentrar no mundo de Amelie desde o maravilhoso começo, onde acompanhamos o início de sua vida.<br /><br />Os cenários e figurinos, todos com o predomínio do vermelho e do verde, compõem de forma maravilhosa todo o ambiente do filme, assim como a fotografia, os efeitos de câmera e a ótima trilha sonora “à francesa” (foi inevitável o infame trocadilho!).<br /><br />O filme encanta pela simplicidade, em contraste com as idéias mirabolantes da protagonista. As soluções encontradas por ela para ajudar os outros são surpreendentes! Destaque para o meio que Amelie encontra para fazer o pai viajar pelo mundo, fantástico! Interessante também a identificação dos personagens através dos gostos de cada um. Existe forma melhor que essa de conhecer alguém em poucos segundos?<br /><br />A interpretação de Tautou não poderia passar despercebida. É simplesmente impecável e dá aquela sensação boba de que aquela não é apenas uma personagem, mas uma mulher fascinante que realmente existe em algum lugar – mais um pensamento exacerbado de alguém que se encantou pelo filme.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZG1cEkaDOiRBXY37n9BlGhSneyGZe9wvlZIfQGlQEaCt41Jced9MnztTQNIJSyP1aaToQfdVm_ANpPIP6Apm2wZ2BbSa2FV84wtAoDLNkeG3xnr_yPchwZIbnptb28_A99GBc70JIpC0/s1600-h/amelie.jpg"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5074200337876684562" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" height="236" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZG1cEkaDOiRBXY37n9BlGhSneyGZe9wvlZIfQGlQEaCt41Jced9MnztTQNIJSyP1aaToQfdVm_ANpPIP6Apm2wZ2BbSa2FV84wtAoDLNkeG3xnr_yPchwZIbnptb28_A99GBc70JIpC0/s320/amelie.jpg" width="320" border="0" /></span></a>Depois dessas impressões iniciais, passei a compa</span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">rar as atitudes de Amelie às minhas e às das pessoas que conheço. Enquanto a moça, na primeira parte do filme, leva uma vida desprovida de grandes emoções, supridas somente por pequenos prazeres, nós perdemos tempo com o extremo oposto dessa atitude: mergulhamos na correria do dia-a-dia e deixamos passar oportunidades de fazer coisas bobas que nos fazem bem (A quanto tempo não deito na grama do quintal, nem faço brigadeiro de panela e como até enjoar...?).<br /><br />E então, qual o seu pequeno prazer?<br /><br />PS: Aproveito para entregar o que Rafael me confessou quando falei do filme com ele: cortar o pote de iogurte depois que acaba e passar o dedo na embalagem! (Iogurte de ameixa) </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;color:#ff0000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;color:#ff0000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;color:#ff0000;">Postado por Andressa Cangussú</span></div></div></div></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com65tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-40399399273064969372007-05-30T13:01:00.000-03:002008-12-11T13:26:12.314-03:00Gêmeos distantes<span style="font-family:georgia;"><strong>A Conquista da Honra</strong> (The Flags of Our Fathers, EUA, 2006)<br />Dir: Clint Eastwood<br />Cotação: 7/10<br /></span><span style="font-family:georgia;"><strong></strong></span><br /><span style="font-family:georgia;"><strong>Cartas de Iwo Jima</strong> (Letters From Iwo Jima, EUA, 2006)<br />Dir: Clint Eastwood<br />Cotação: 9/10</span><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5070397867297274466" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnx9-YkAB_h2uGQx8c4j-IhYqSdFpQ6nzlhmWqvfS9N9ylGsuqEyGqEsFgDOVG9CUPV_9a7CwRmfsi5kw47I82mGYLN0ar45ClWNPzrZrvpgm5kkV6uXylTJf3mS7dSsPAbpAgo_13vr8/s320/cartas.jpg" border="0" /><br /><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCPy3CTv5xfU-HVBHtiH5trM0NKAWzNkhm0utMP3i4AvET3azHQzkI7-ukgQA_pM1qIV2Y4DGxBpyZIwv1TX_h_7GTC7DOJbv4cCCZYuA2BtGaMbYC4_6D3y9miM3qPbVV9BtdcJWCABM/s1600-h/cartas.jpg"></a></p><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">É louvável ver que Hollywood, mesmo com todos os seus defeitos, financia projetos tão interessantes quanto os dois últimos filmes de Clint Eastwood, um dos maiores cineastas norte-americanos da atualidade (a moral que ele possui junto à grande indústria também ajuda bastante). Dessa vez, o diretor se utiliza de dois filmes para contar uma mesma história: a batalha na ilha de Iwo Jima ao fim da Segunda Grande Guerra.<br /><br /><em>A Conquista da Honra</em> e <em>Cartas de Iwo Jima</em> são filmes gêmeos, gerados pela mesma idéia e concebido por um pai cuidadoso com suas crias. O primeiro, sobre o lado norte-americano do conflito e o outro com foco na luta dos japoneses. Mais interessante ainda é perceber o quanto o lado nipônico do conflito parece ter uma carga maior de sensibilidade, marca registrada desse autor que é capaz de conferir delicadeza a suas histórias sem perder o tom de masculinidade que lhe são tão peculiares. </span></div><span style="font-family:georgia;"><div align="justify"><br /></span></div><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsJmmOu-JiOXVVTZuU4wVWeWWe3jeXQt7VH20aNR7lqaOXMoyU-u9iQolKc6M2tXf_ThwDKAPKfn-vZMXSsIbGRoSwreOZYDpIdmfpODTwtp53hyphenhyphenHqppnEoLvHMK1tWIuhfMLwBn5Dqbs/s1600-h/conquista.jpg"><span style="font-family:georgia;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5070387078339426834" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 183px" height="156" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsJmmOu-JiOXVVTZuU4wVWeWWe3jeXQt7VH20aNR7lqaOXMoyU-u9iQolKc6M2tXf_ThwDKAPKfn-vZMXSsIbGRoSwreOZYDpIdmfpODTwtp53hyphenhyphenHqppnEoLvHMK1tWIuhfMLwBn5Dqbs/s200/conquista.jpg" width="200" border="0" /></span></a><span style="font-family:georgia;">O que importa para o diretor nem é o desenvolvimento do conflito e sim os percursos de seus personagens. Depois de serem fotografados erguendo a bandeira do EUA após a vitória sobre a ilha japonesa, três soldados ficam famosos no país, símbolos da coragem daqueles que lutaram na guerra. No entanto, são surpreendidos quando perceberem que farão parte de uma grande jogada de marketing para que o governo possa arrecadar mais dinheiro, se aproveitando de suas imagens heróicas. Em <em>A Conquista da Honra</em>, aqueles soldados procuram preservar sua dignidade, em nome daqueles que realmente mereceram, trazendo consigo as lembranças atrozes de uma guerra, num país onde o culto aos heróis é também mais uma forma de lucro. </span></p><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">E é uma pena que na parte final a história se arraste de uma forma monótona, caindo na armadilha de nos forçar a ter compaixão por aqueles homens (principalmente o descendente indígena). Paira no ar uma tentativa de fazer justiça aos personagens, e aí o filme cai num didatismo, explicando, em off, os rumos tomados por cada um. O que não deixa de ser uma frustração vindo de um cara que já nos deu recentemente o ótimo <em>Sobre Meninos e Lobos</em> e o belíssimo <em>Menina de Ouro</em>. </div></span><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJP0kKDpHOlFahSXLvZZNP_oddNk4agYP4L58Ben4-GTyRjflrcbYhyGefMFheMagliEDjWoSB4AzvixlAvIuE8dxolIQ_MliQ4CMfOIeKzV4fjEewbTXRWi917y43_HgQ6PnH8pgiDtM/s1600-h/cartas+3.jpg"><span style="font-family:georgia;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5070387550785829410" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJP0kKDpHOlFahSXLvZZNP_oddNk4agYP4L58Ben4-GTyRjflrcbYhyGefMFheMagliEDjWoSB4AzvixlAvIuE8dxolIQ_MliQ4CMfOIeKzV4fjEewbTXRWi917y43_HgQ6PnH8pgiDtM/s200/cartas+3.jpg" border="0" /></span></a></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Coisa muito diferente acontece em <em>Cartas de Iwo Jima</em>, que mesmo versando sobre o lado perdedor do conflito, não se aproveita para extrair piedade daquela situação. Com muito respeito, o diretor constrói uma narrativa sóbria e delicada, sem exageros ou maniqueísmos. Falado em japonês, o que transmite veracidade ao projeto, o filme é uma bela homenagem aos que deram seu sangue por uma causa que, chegando a um determinado ponto, já se considerava perdida. </div><span style="font-family:georgia;"><div align="justify"><br />Para dar dimensão aos dramas dos personagens, o filme se utiliza das diversas correspondências (as cartas do título) que chegam e saem da ilha. Não posso deixar de destacar a cena em que os soldados japoneses lêem a carta de um inimigo morto enviada por sua mãe e percebem que as preocupações e incertezas são as mesmas dos dois lados. Assim, <em>Cartas de Iwo Jima</em> desponta como um dos melhores filmes do ano, na minha modesta opinião.<br /><br />Tecnicamente, ambos os filme são impecáveis, com uma fotografia em tom sépia belíssima. Nas batalhas, por exemplo, a fotografia escurece de tom chegando quase ao preto-e-branco, o que acentua a atmosfera carregada da situação. A qualidade do som também é um outro atrativo que acentua bastante a forma visceral com que as batalhas são filmadas. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhApjdf98KU3otJiheAPLhex6py1Ee9gp1BLXPPIuynJktPWblDFLV3OKNofWrGIaGYf_G0VYOEteuMj618ta0-ODfnwa7IqQSQppYNDIMiXe1QV62NxGWcTCh8jQejaoB_untFF9UptMQ/s1600-h/cartas+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5070392447048546898" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhApjdf98KU3otJiheAPLhex6py1Ee9gp1BLXPPIuynJktPWblDFLV3OKNofWrGIaGYf_G0VYOEteuMj618ta0-ODfnwa7IqQSQppYNDIMiXe1QV62NxGWcTCh8jQejaoB_untFF9UptMQ/s200/cartas+2.jpg" border="0" /></a>Além disso, o diretor aproveita para criar contrapontos interessantes entre os filmes: o hasteamento da bandeira, os corpos mutilados dos suicidas japoneses, e o melhor deles, a violência brutal com que um homem pode matar um outro ser humano, visto com horror de ambos os lados do conflito. Conflito este tão bárbaro quanto qualquer outro e cujos participantes receberam tratamento digno e privilegiado pelas mãos de um verdadeiro autor.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span> </span></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-30524467351124726862007-05-23T12:05:00.000-03:002008-12-11T13:26:12.895-03:00Deu a louca no Mel Gibson<strong>Apocalypto (Idem, 2006)</strong><br /><div>Dir: Mel Gibson</div><div>Cotação: 8/10</div><br /><div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibuiGrJ4qgHxQoYgpGA7IyYavhacGqE2H8N2Ji7R8D0y0oJHe8JOJ1NyrsWmBMQ5_CFHUpq2S8FNzKuYLOPBmCcwb9wXlldrAi2Rvmr-uwx79tH0eWy-XAZCZWrwBNbZ43V7edDP44YV0/s1600-h/apocalypto_12.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5067773440415955346" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibuiGrJ4qgHxQoYgpGA7IyYavhacGqE2H8N2Ji7R8D0y0oJHe8JOJ1NyrsWmBMQ5_CFHUpq2S8FNzKuYLOPBmCcwb9wXlldrAi2Rvmr-uwx79tH0eWy-XAZCZWrwBNbZ43V7edDP44YV0/s320/apocalypto_12.jpg" border="0" /></a></div><div align="justify">“O <span style="font-family:georgia;">Mel Gibson tá ficando louco?” Essa é a pergunta que muitos estão fazendo após associar as últimas atitudes</span> do diretor ao seu filme mais recente, Apocalypto. A resposta pode até ser “sim”, mas se o resultado dessa loucura for filmes como esse...então que ele continue assim. Não que o filme seja uma obra-prima, inclusive não passa nem perto da lista dos meu filmes preferidos –passa até bem longe - , mas, por bem ou por mal, conseguiu me ganhar.<br /><br /></div><div align="justify">O filme narra a historia de Jaguar Paw (Pata de Jaguar no português), um índio que é capturado juntamente com seus companheiros de tribo e levado para uma espécie de cidade da civilização Maia (há controvérsias se o povo retratado é Maia ou Asteca), onde seria sacrificado. Motivado pela vontade de reencontrar sua mulher e filhos, que havia deixado para trás, Jaguar começa uma batalha pela sobrevivência cheia de perigos, ação e violência - e bota violência nisso.<br /><br />As maiores críticas tecidas ao filme se referem exatamente ao fator violência. Realmente algumas cenas são desnecessárias e explícitas demais, forçadas até, mas algumas ajudam a compor o enredo de aventuras do filme e não devem ser julgadas negativamente por causa dos momentos de violência gratuita.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFZDwuiS8k-S6q9i_rhY35bwUdtAWhz4IaGCY0tQ32C-ErmCleICRXmABO76y7_HUnsaHWzFm39zKN5ybHQdbNawDd0lR6mcacOrLz1csbk745sLem-2liHyN_EhVPcGK8BUdNvHB00yk/s1600-h/apocalypto_05.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5067773990171769250" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 288px; CURSOR: hand; HEIGHT: 344px" height="339" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFZDwuiS8k-S6q9i_rhY35bwUdtAWhz4IaGCY0tQ32C-ErmCleICRXmABO76y7_HUnsaHWzFm39zKN5ybHQdbNawDd0lR6mcacOrLz1csbk745sLem-2liHyN_EhVPcGK8BUdNvHB00yk/s320/apocalypto_05.jpg" width="288" border="0" /></a>Seguindo a lista de críticas que o filme sofreu, impossível deixar de citar a “falta de verossimilhança com os fatos históricos”. Muitos são os que reclamam da falta de bases históricas da película, mas sinceramente não senti em Apocalypto o intuito de contar fielmente os percursos do povo Maia (ou Asteca); vi, sim, uma aventura que encontrou as mais diversas possibilidades nesse ambiente e que trata de coragem, superação e da dominação de um povo através de sua destruição interna. Frase inicial do filme: “Uma grande civilização não se conquista por fora sem que antes se destrua por dentro”.<br /><br />Violento, surreal, que seja. O importante pra mim foi <span style="font-family:georgia;">ter me feito torcer (e às vezes me retorcer) na cadeira, devido às fortes emoções. Uma parte de mim sentia a falta de um filme incômodo como esses. Prefiro os que incomodam de outro jeito, mais culto, mais pensante</span>, mas deu “pro gasto”.<br /><br />Mel Gibson tem um talento inegável para a arte do cinema. De qualquer jeito, melhoras para ele...<br /><br />PS: As atuações são maravilhosas!</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Postado por Andressa Cangussú</span> </div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-31518288358762009712007-05-19T22:23:00.000-03:002008-12-11T13:26:13.378-03:00Sexo e política. No meio disso tudo, cinema<span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><strong>Os Sonhadores</strong> (The Dreamers, 2003)<br />Dir: Bernardo Bertolucci<br />Cotação: 8/10 </span><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIqdbNrJzraI0zWdjKJUcbSrwZVQ34Aqvl_PlT1eqi2e_e-jvEg-Ct3f9uTSyJnpFZ42_8G5sXtDqPnlXCifGcTJOih5ghkkRt0k2W89nS74XqV-7T5GfMovQRbhWl9NbsMnUpvDKKSVM/s1600-h/Os+sonhadores.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5066447910429194610" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 258px; CURSOR: hand; HEIGHT: 355px" height="313" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIqdbNrJzraI0zWdjKJUcbSrwZVQ34Aqvl_PlT1eqi2e_e-jvEg-Ct3f9uTSyJnpFZ42_8G5sXtDqPnlXCifGcTJOih5ghkkRt0k2W89nS74XqV-7T5GfMovQRbhWl9NbsMnUpvDKKSVM/s320/Os+sonhadores.jpg" width="258" border="0" /></a> <div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Política e sexo. Mais sexo que política (mais ela está lá). E no meio disso tudo o diretor italiano Bernardo Bertolucci aproveita para exercitar sua porção cinéfila ao nos brindar com algumas referências a clássicos do cinema. Depois de ver o filme a vontade é de correr na locadora à procura de Truffaut, Godard, Chabrol, Renoir, Nicholas Ray, entre tantos.<br /><br />Em Paris, o estudante norte-americano Matthew (Michael Pitt) conhece os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green, linda) e Theo (Louis Garrel) criando com eles uma estranha amizade que logo se transformará em tensão (e deleite) sexual. Além disso, estamos em Maio de 68, período movimentado por manifestações revolucionárias de caráter comunista.<br /><br />O que talvez mais importe ao cineasta não são os questionamentos políticos ou o retrato de uma época em ebulição, antes o desenvolvimento de seus personagens; a partir daí ele discutirá aquele momento que serve de pano de fundo para a história. O jovem Matthew vai entrar no mundo arbitrário, incestuoso e cinéfilo do liberal casal de irmãos. Primeiro, torna-se refém de ambos para depois visualizar a ingenuidade e inocência de suas vidas. Isa, no seu atrevimento, nada mais é do que uma garotinha, virgem. Theo defende Mao e a revolução, mas fica o tempo todo trancado no apartamento enquanto Paris explode lá fora. O cinema é a paixão que une o trio. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><br />Já no fim do filme, somente quando uma pedra quebra a janela da sala onde os três juntos dormem numa cabaninha improvisada, é que eles despertam ativamente para a manifestação que acontece fora de seu mundinho particular. Segundo Isa foi "a rua que entrou na casa". (Me pergunto o que seria caso a pedra não fosse atirada). Então, os pontos de vista dos personagens entram em conflito e a linha que une o trio se rompe inevitavelmente. </span></div><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><div align="justify"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnOHc4CRvdoMGxhhSzgx4EeR7HRfUu_JmcrjgB6iLxuhigT-t33VBXhdfmgoq6RgUqr8u44QPV6PtFk7SpUhjtABoZC9PYwwFx9D-siqtBD95kCggW4Vk7g4cihvEGDxMMzR2cP2mWLc4/s1600-h/Os+sonhadores+3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5066448589034027394" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 319px; CURSOR: hand; HEIGHT: 210px" height="217" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnOHc4CRvdoMGxhhSzgx4EeR7HRfUu_JmcrjgB6iLxuhigT-t33VBXhdfmgoq6RgUqr8u44QPV6PtFk7SpUhjtABoZC9PYwwFx9D-siqtBD95kCggW4Vk7g4cihvEGDxMMzR2cP2mWLc4/s320/Os+sonhadores+3.jpg" width="315" border="0" /></a>Nota-se que a carga sexual é bastante presente, servindo para causar alvoroço ao redor do longa como também para acusar o filme de carregado e politicamente vazio. Mas os questionamentos pessoais e políticos estão lá, basta uma observação atenta para perceber. Há também momentos de humor além da brincadeira cinéfila de incluir cenas de filmes clássicos que condizem com as situações vividas pelos personagens.<br /><br />E tudo isso nos é mostrado com uma beleza visual que só poderia ser concebida por um autor. São várias as cenas que ficam na memória: a despedida de Isa depois do jantar quando seu cabelo pega fogo (totalmente sugestivo), as cenas na banheira e o jogo de espelhos, Isa de Vênus de Milo e a mensagem política da seqüência final. É claro que o elenco ajuda bastante nesse quesito com destaque para uma Eva Green que, além de ser um colírio para os olhos, confere sensualidade e ingenuidade na medida certa. Quando será que o Bertolucci vai lançar um novo filme?<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-10660478804276451.post-55036212060028529432007-05-13T01:00:00.000-03:002008-12-11T13:26:13.928-03:00Allen em dose dupla<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Scoop – O Grande Furo</strong> (Scoop, 2006) </span></span><br /><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Dir: Woody Allen </span><br /><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Cotação: 7/10</span><br /><br /><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5063891050435624514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOKA8tww7yMmplHhIQpZJX7a0_Gnl9sSn3YbjNJIt6G_3ckAHmkszCIgNSSaj83JNVy6hoSW4AQXaPCb1mKYO3aSgMa7vwaQuSjiFtXJ6yeXxNk0azCKm2bMhvex0BuewkS-zpUMpvkbM/s320/Scoop+1.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Depois de discutir a importância da sorte em nossas vidas no excelente drama <em>Match Point</em>, Woody Allen retorna à comédia, gênero com o qual fez fama e criou um estilo próprio: o jeitinho Allen de ser inteligentemente engraçado sem parecer forçado ou escandaloso. <em>Scoop</em> pode não ser um de seus melhores momentos, mas é um autêntico filme desse diretor que trocou a Europa pela sua adorável Nova York. Prova que essa mudança de ares fez bem.<br /><br />A bela Scarlett Jonhansson interpreta Sondra Pransky, uma estudante de jornalismo que investiga a vida do aristocrata inglês Peter Lyman (Hugh Jackman), provável assassino serial, com o qual ela irá se apaixonar posteriormente. Ela ainda conta com a ajuda de um ilusionista vivido pelo próprio Allen. A trama é bastante simples e despretensiosa, que mistura um clima de fantasia e mistério, sempre ajudado pela trilha sonora. É um filme menor que não tem a pretensão de ser grandioso, e é isso que faz de <em>Scoop</em> tão agradável. </span></div><br /><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Eu, particularmente, gosto muito da Jonhanson, mas percebi que em seus últimos filmes suas estrela se apagou um pouco, voltando bem nesse filme (ela precisa tomar cuidado com as escolhas que faz). Já Hugh Jackman surge numa boa atuação, mesmo que seja dono de um personagem pouco desenvolvido e tem se mostrado bastante feliz ao escolher bem seus projetos (<em>O Grande Truque</em>, <em>Fonte da Vida</em>), nos desvencilhando de seu intenso Wolverine. </span><br /></div><div align="justify"><br /></div><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5063892154242219602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJOxuBDaHqJU77mJSdL9P4gdrkQDrK98JbG_wDzkYIG_N6kqirQnZKiVnhgIvGSkwBEqeNXig2yGhzwOuykYP3EIV8Ys7dH6rjMMpGih9mg8kGzJmaAf8-4awD_v8LtiXvjasYfacUyZM/s320/scoop+4.jpg" border="0" /><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Já o ator Woody Allen retorna à sua antiga forma num personagem que sabe como ninguém pronunciar um texto inteligente (dele próprio, claro) cheio de um humor inofensivo e nada escrachado. Talvez aqui seu personagem esteja um pouco exagerado, mas nada que atrapalhe a trama. Além disso, o diretor faz de Sondra seu alter-ego feminino, com suas habituais características: possui certo timing para a comédia (não tanto quanto o próprio Allen, é preciso ter muito talento para isso), usa óculos de aros, é atrapalhadinha e mirrada (não lembrando em nada a <em>femme fatale</em> de <em>Match Point</em>). Ou seja, ao invés de uma, somos brindados com duas dessa adorável persona num filme não menos cativante.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Postado por Rafael Carvalho</span></span></div>Andressa Cangussúhttp://www.blogger.com/profile/06007744960542407693noreply@blogger.com11