
Além das produções de outros estados, que às vezes nem às locadoras chegam, teremos contato também com curtas e vídeos baianos, aos quais temos menos acesso ainda.
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Eu me Lembro (2006)
Dir: Edgard Navarro
A mostra teve início com o longa Eu me Lembro, do diretor baiano Edgard Navarro.
Relato autobiográfico de três décadas (50, 60 e 70) da vida do diretor, o filme é baseado em memórias e explora as sensações que acompanharam Navarro ao longo de sua infância e juventude.
A história se inicia com a visão infantil do personagem “Guiga” sobre o mundo. Neste momento tudo é fantasioso, assistido por frestas de janelas, causa espanto e é nessa fase que o garoto se percebe pela primeira vez no mundo. São aqueles flashes de memória que todos temos da época de criança e que, por mais irrelevantes que possam parecer, marcam a nossa mente de verdade.

Na segunda fase, já com onze anos, o menino começa a entender suas relações familiares- sempre marcadas pela forte religiosidade de seus pais- e a descobrir sua sexualidade, fator esse exploradíssimo no filme, de modo a chocar os expectadores mais desavisados (como eu).
Por fim, já nos anos 70, o jovem se depara com a eclosão do movimento hippie, encontrando nas drogas sua nova fonte de descobertas. É também nesse período que Guiga é levado a mergulhar no seu passado e em tudo que influenciou sua vida até aquele momento.
A produção agrada pela simplicidade das situações vividas pelo garoto e a forma humana como ele as encara. Tais aspectos criam uma grande identificação com o público, principalmente com os que viveram essa época.

Por fim, já nos anos 70, o jovem se depara com a eclosão do movimento hippie, encontrando nas drogas sua nova fonte de descobertas. É também nesse período que Guiga é levado a mergulhar no seu passado e em tudo que influenciou sua vida até aquele momento.
A produção agrada pela simplicidade das situações vividas pelo garoto e a forma humana como ele as encara. Tais aspectos criam uma grande identificação com o público, principalmente com os que viveram essa época.
Edgard Navarro, que esteve presente na mostra, revelou em seus gestos e palavras o motivo de o filme ter cenas tão fortes e escancaradas. Ele é um cineasta inquieto, que não segue padrões e adora romper qualquer cerimônia.
Foi uma abertura à altura das expectativas!
Foi uma abertura à altura das expectativas!