D.J. Caruso


O filme narra a historia de Kale (Shia LaBeouf), um garoto que, traumatizado pela violenta morte do pai, é submetido à prisão domiciliar após agredir um professor. Limitado e entediado, ele passa a bisbilhotar pelas janelas a vida da vizinhança. Começa então a relacionar uma série de assassinatos veiculados pela mídia a um de seus vizinhos e, com a ajuda dos amigos, faz de tudo para solucionar o caso.
A questão é que não se cria um ambiente de suspense desde o início da história. Ao contrário, pelo menos meia hora (mas deve ter sido muito mais) se direciona à ambientação da personagem principal – que não é complexa o suficiente para ser tão explorada-, o que cria uma sensação inquietante de “nada acontece”.
A atmosfera que reina é a de um filme adolescente que arranca, sim, alguns sustos (ocasionados principalmente pelas musiquinhas sinistras seguidas de um baque), mas que definitivamente não supera as expectativas e ainda tem o azar de ser sucessor de um filme tão bom do mestre do terror.
Shia LaBeouf é super simpático e realmente parece estar no caminho certo para brilhar sob os holofotes de Hollywood. Não fosse ele, nem o romancezinho do filme empolgaria o público. Carrie Anne Moss? Acaba sendo talento inexplorado nesse tipo de película.
Pode ser duro ou precipitado demais, mas minha aposta é que veremos Paranóia na Tela Quente daqui a alguns anos.