sábado, 7 de abril de 2007

Pra quem gosta de Quadrinhos nas Telonas

300 (Idem, 2007)
Dir: Zack Snyder
Cotação: 8/10


Bem, acho que esse é o filme mais polêmico o qual já tive chance de comentar aqui..

A verdade é que 300 me alcançou de forma positiva. Contando a história da Batalha das Termópilas, em que o rei Leônidas (Gerard Butler) enfrenta o gigantesco império Persa comandado por Xerxes (Rodrigo Santoro), há de se levar em conta, primeiramente, que a intenção do diretor não é fazer um retrato fiel da realidade histórica, e sim adaptar os quadrinhos de Frank Miller (quem quiser saber mais acesse
http://www.universohq.com/quadrinhos/300_esparta.cfm); o que permite a ele todos os excessos de roteiro e fotografia.

Ah...a fotografia... Excepcional! Desde o início do filme me chamou a atenção a forma como as cenas pareciam ser montadas para uma peça de teatro, devido o contraste ocasionado pelos fundos completamente digitalizados. Somente mais tarde viria a entender que se tratava de uma histórias em quadrinhos, o que me deixou ainda mais satisfeita, pois tenho a impressão de que se cortamos a maioria dos frames e os imprimirmos em ordem teremos uma autêntica HQ, tamanha a qualidade da adaptação. Não posso deixar de citar também o sangue, jorrando em pequenos “blocos” - quase da cor vinho de tão escuros- e dos efeitos de câmera lenta que também contribuíram muito nas cenas de luta.

Apesar do resultado positivo no geral, o filme possui alguns elos fracos. Não entendi ainda se por falhas de roteiro ou pela escolha do elenco, a identificação do espectador com o exército dos 300 - assim como com o rei Leônidas – não é completa. As cenas são boas, nada entediantes, mas não levam a sobressaltos nem a uma torcida fervorosa pelas vitórias dos espartanos. Deixo a pergunta pra quem assistiu: ficou triste quando algum espartano morreu?

Outra personagem mal desenvolvida foi a Rainha Gorgo. Interpretada por Lena Headey, tentou-se fazer de sua história um suporte emocional para a guerra, mostrando ao mesmo tempo a força da mulher espartana e tentando justificar a torcida pelo rei de Esparta, mas como eu expressei anteriormente: não colou.

Para encerrar, como não falar do astro brasileiro que tem conquistado seu lugar ao sol em Hollywood? Rodrigo Santoro não teve no papel uma boa chance de mostrar grandes habilidades artísticas ou a mobilidade emocional que considero ser seu forte (como visto em Bicho de sete cabeças e Abril despedaçado). Tem ainda contra si a terrível digitalização que faz sua voz parecer a de um robô. Apesar disso, é correto em sua atuação e espero que represente evolução no que diz respeito a uma maior abertura do cinema internacional para com os filmes e atores brasileiros.

300 pode não ser um grande marco no cinema mundial – como alguns críticos insistem em tentar provar - mas, como (quase) sempre, vale à pena pagar pra ver.


Postado por Andressa Cangussú

6 comentários:

dicaspraticasdeviagens disse...

Infest diz:
ahhhhhh
Infest diz:
me fez lembrar uma coisa
Infest diz:
a fala da rainha
Infest diz:
no senado espartano
Infest diz:
foi um dos piores diálogos q eu já vi num filme
Infest diz:
aliás
Infest diz:
ah
Infest diz:
no more coments
Infest diz:
eu quase levantei e saí
Infest diz:
auahhahahaha
Andressa- dP diz:
coloca lahhhhhhhhhhhhhhh

precisa dizer + alguma coisa??
xP
quando saí do cinema pensei:filme meia boca.
agora q parei pra pensar: porcaria mesmo!
auhahahahahaha
;P

Wiliam Domingos disse...

Esta semana já prometi pra mim mesmo que irei conferir o filme, afinal super comentado e criticado, preciso assistir!
Depois comento sobre ele...
abraço

Anônimo disse...

EU gostei demais desse filme. Aliás, meu sonho é ver algum filme do Batman com essa violência estilizada de 300 ou Sin City. Ia ficar demais.

abração! (primeira visita no seu blog, depois confere o meu, http://www.cinema-kabuki.blogspot.com)

té mais.

Anônimo disse...

Confesso que gostei muito desse filme, mas como eu adoro o trabalho de Frank Miller, acho que ficaria difícl não gostar. Também gostei bastante da fotografia que as vezes eu parava para pensar se os personagens também eram digitais ou só os cenários.
Poderiam aproveitar melhor o momento da escolha do exército, é fato, mas a intenção de Frank Miller deve ter sido dar prioridade para a batalha, que é o grande ápice da história.
Só não achei equivalente a Sin City pelo tema abordado, prefiro os filmes noir do que os épicos.
Mas já saí do cinema já pensando que quando lançarem em dvd eu vou comprar o meu e fica a advertência: se você não gosta de histórias com violência gratuita contada de uma maneira original, bem estilizada, que não quer te passar nenhuma lição de moral, passe longe da maioria das adptações de Frank Miller para o cinema.

O que não é o meu caso!
=]

Anônimo disse...

Adorei o comentário DD.Realmente a fotografia é P_E_R_F_E_I_T_A, é, eu tbm ficam me perguntando se os personagens eram digitais tbm.Quando fui ver o filme ,não tinha lido nenhum comentário ainda, e achei q era um filme histórico.Na verdade, é um filme de ação com roupagem histórica, por isso é meio matrix

catmanda disse...

O filme foi muito bom pra mim, assisti esquecendo e não levando em consideração o que já haviam me dito sobre e me prendeu: imagens lindas e bem feitas, mesclando velocidade e lentidão que dão um efeito muito positvo e atraente.
Não sei se isso deve ser levado em consideração, já que é uma constante em meus últimos comportamentos diante da telona, mas me emocionei e senti sim a cada morte de um espartano. Nota 9 Dê!