Dir: Cao Hamburger
Cotação: 8/10
Filmes que retratam o período da ditadura não são novidade, mas O ano em que meus pais saíram de férias foge do tradicional enfoque dado a este triste momento da história brasileira, tratando-o sob a ótica de uma criança.
Mauro (Michel Joelsas), como sugere o título, não tem idéia de que seus pais sofrem as conseqüências da repressão política quando estes o deixam na casa de seu avô para fazerem uma viagem de "férias”. O conflito do filme se desenvolve quando o garoto descobre o avô havia morrido poucas horas antes de sua chegada. Sozinho e sem contato com os pais, Mauro se vê obrigado a assumir responsabilidades de adulto e encontra nos vizinhos – uma comunidade de judeus - apoio e amizade.
O futebol está presente em toda a história. O protagonista vê no jogo, ora em botão, ora no campo, sua maior forma de divertimento. É também o futebol, através da Copa do Mundo de 70, o marco temporal do filme, já que os pais de Mauro prometem para o garoto que retornarão antes do mundial. É interessante observar como a Copa cumpre para p menino o papel que cumpria para muitos na época da ditadura: a única fonte de alegria e esperança. Ao mesmo tempo em que era usada pelo Estado para disfarçar as atrocidades ocorridas pelo Brasil.
O que mais chama a atenção é o destaque dado às ações cotidianas das crianças, como as brincadeiras, aventuras e seu jeito inocente de estar à parte dos graves problemas do país. Quem espera ver uma grande produção, cheia de reviravoltas e clímax como Olga, ficará certamente decepcionado, mas quem buscar um relato inocente e sutil da ditadura se encantará.
PS: Não deixem a última frase do filme passar em branco, ela é magnífica.
Postado por Andressa Cangussú
O futebol está presente em toda a história. O protagonista vê no jogo, ora em botão, ora no campo, sua maior forma de divertimento. É também o futebol, através da Copa do Mundo de 70, o marco temporal do filme, já que os pais de Mauro prometem para o garoto que retornarão antes do mundial. É interessante observar como a Copa cumpre para p menino o papel que cumpria para muitos na época da ditadura: a única fonte de alegria e esperança. Ao mesmo tempo em que era usada pelo Estado para disfarçar as atrocidades ocorridas pelo Brasil.
O que mais chama a atenção é o destaque dado às ações cotidianas das crianças, como as brincadeiras, aventuras e seu jeito inocente de estar à parte dos graves problemas do país. Quem espera ver uma grande produção, cheia de reviravoltas e clímax como Olga, ficará certamente decepcionado, mas quem buscar um relato inocente e sutil da ditadura se encantará.
PS: Não deixem a última frase do filme passar em branco, ela é magnífica.
Postado por Andressa Cangussú
7 comentários:
Ótimo filme... uma das melhores produções brasileiras dos ultimos anos...
Ótimo comentário DD, o filme é mesmo um "doce" retrato da ditadura, acho que conseguiu passar os sentimentos infatis provocado pela época através da percepeção do garoto. Os filmes que retratam a ditadura tem sempre a temática da repressão, da censura e da tortura, fazendo parecer que o só existia isso. É certo o peso disso na história do país, mas as outras representações, como a desse filme, precisam de espaço.
Não me interessei pelo filme em nenhum momento! Não sei explicar, mas acho que foi pelo titulo e por não gostar muito do cinema nacional, apesar de estar vendo coisas que estão me agradando ultimamente!
A comparação feita com Olga, é bem díficil que algum filme alcance tudo que Olga fez....talvez "Zuzu Angel" foi o que mais alcançou!
Até mais!!!
(Fonte da Vida lá no blog, depois confira)
http://eco-social.blogspot.com/
Não gosttei tanto do longa, mas mesmo assim é um otimo filme, mas colocaria 7 de 10. Não gosto nehum pouco de "Olga", longa que acho ser um dos piores filmes nacionais.
Até mais.
Daria uma nota 7 - não achei tão interessante, porém serve para mostrar que o cinema no Barsil vem melhorando cada vez mais, prova disso éo cuidado queos aspectos técnicos ganham nesse filme.
Abraço!
Andressa, eu não espero ver uma grande produção, cheia de reviravoltas e clímax como Olga. Busco um relato inocente e sutil da ditadura e certamente o cinema nacional precisa mais e mais de filmes como essa pequena obra-prima de Cao Hamburguer.
Bjs!
Vi esta produção nos cinemas e confesso não ter ficado totalmente feliz ou emocionado com a chegada dos créditos finais. É um drama de bons momentos e de certas virtudes, pois um drama pela perspectiva de uma criança sempre trazem o seu valor, mas no restante, um filme frio e de poucas surpresas no roteiro.
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